O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), afirmou, em entrevista exclusiva ao Estado de Minas na noite desta terça-feira (22/6), que o embate com o Estado por mais vacinas contra a COVID-19 "está apaziguado". Para o chefe do Executivo municipal, o assunto está "superado".
"Assunto superado. Eu conversei com o Fábio (Baccheretti), secretário de Saúde do estado. O Fábio entrou em contato com o Jackson (Machado Pinto), o nosso secretário (de Saúde). Eu conversei com o governador (Romeu Zema, do Novo). Parece que está tudo combinado. Está apaziguado", disse Kalil.
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O problema, para interlocutores da PBH, estaria ligado à motivação política, já que Kalil deve concorrer com Zema pelo Palácio da Liberdade no ano que vem.
"Parece que agora está realmente pacificado. Eu falei: 'governador, se a gente quiser guerrear um dia, nós vamos guerrear. Mas agora não é hora disso. Agora é hora de abraçar todo mundo'. Fui tratado com muita cortesia e o tratei com muita cortesia", afirmou o prefeito.
A falta de doses faz Belo Horizonte ser a segunda capital mais atrasada em termos de faixa etária de vacinação contra a COVID-19. O balanço não considera Fortaleza, que adota outro critério de imunização.
Kalil também disse que não falta estrutura em Belo Horizonte para dar continuidade à campanha, mas sim vacinas. Ele afirmou que essa culpa é de "Brasília" e do "Estado".
"Não é aqui que nós temos que disputar vacina. É lá em Brasília. Essa briga é em Brasília. Eu não tenho gerência sobre a vacina. É o Estado que tem que seguir o Plano Nacional de Imunização (PNI). Nós temos 13% da população do estado. (Então) nós temos que ter 13% do que chega ao estado. O prefeito tem que estruturar a cidade para vacinar, para não dar fila e todo mundo vacinar tranquilo, que é o mais difícil. Porque pegar e entregar é o mais fácil", disse.
Sobre a imunização de pessoas de outras cidades da Grande BH, Kalil disse que a cidade "sofreu muito na pandemia", enquanto outras prefeituras permitiram o funcionamento de suas atividades comerciais.
O EM procurou o governo mineiro para saber a posição do Palácio Tiradentes sobre a conversa. Segundo Baccheretti, "o municipio reconheceu que toda a distribuição segue critérios técnicos e que o estado de Minas utiliza parâmetros objetivos e claros de distribuição de vacinas".
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