O prefeito Alexandre Kalil (PSD) afirmou que o Governo de Minas "não é dono da vacina" na noite desta terça (22/6), em entrevista exclusiva ao Estado de Minas. Para o chefe do Executivo municipal, o povo é o maior prejudicado pela campanha lenta em BH.
"Na briga política, só tem um que sofre: é o povo. Castigar uma população não pode. Nem no interior nem na capital", disse.
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"Tem um critério e o critério tem que ser obedecido. O estado não comprou a vacina, o estado não pagou pela vacina, não é dono da vacina e não pode distribuir do jeito que ele quer", completou Kalil.
Ele também afirmou que BH é "a nave mãe" entre as cidades do estado. Portanto, a pandemia só acabará em Minas depois que for controlada na capital mineira.
Apesar de alfinetar o estado, Kalil disse que o embate com o governador Romeu Zema (Novo) ''está apaziguado''. O acordo, segundo ele, é para que BH receba 13% de cada carregamento recebido por Minas, já que abriga o mesmo porcentual da população mineira.
Para ele, o estado precisa apenas cumprir as diretrizes do Plano Nacional de Imunização (PNI). Já a prefeitura "organiza a vacinação para não ter tumulto", o que Kalil analisa como "o mais difícil" na campanha.
Sobre a imunização de moradores de outras cidades da Grande BH, o prefeito disse que a capital paga por ter se sacrificado, enquanto outras prefeituras permitiram o funcionamento do comércio em períodos críticos de transmissão.
O EM procurou o governo mineiro para saber a posição do Palácio Tiradentes sobre a conversa. Segundo Baccheretti, "o municipio reconheceu que toda a distribuição segue critérios técnicos e que o estado de Minas utiliza parâmetros objetivos e claros de distribuição de vacinas".
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