Da pior chuva da história de Belo Horizonte ao enfrentamento da pandemia do novo coronavírus. O prefeito da capital mineira, Alexandre Kalil (PSD), respondeu, em entrevista exclusiva ao jornal Estado de Minas, que, embora sua gestão tenha passado por grandes conturbações, ele se mantém afastado do medo, mas não da tristeza.
“Olha, eu quando veio aquela chuva, eu falei assim: 'Gente, porque Deus mandou aquela chuvarada pra mim?’. Aí minha mulher falou assim: 'Porque você sabia resolver, e resolveu'. Então eu não tive um momento crítico não, eu tive foi muita tristeza”, afirmou o prefeito.
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O prefeito afirmou que o Comitê de Enfrentamento à COVID-19, formado por médicos infectologistas, ainda não tem uma solução para o funcionamento de grandes salas que podem gerar aglomeração. “Um errinho nesse negócio…”, disse, se referindo à reabertura no tempo errado. “Fazer protocolo não é combater. Combater é dar condição do pobre ficar em casa. Isso é combater”, concluiu.
Durante os períodos mais críticos da pandemia na cidade, quando as restrições eram mais rígidas e faltavam leitos nos hospitais, o prefeito confidenciou à reportagem que ficou “muito fragilizado” e chegou a perder noites de sono.
“Eu sofro”, disse com os olhos marejados e a voz embargada. “Quem não sofre? Eu sofro. Sofro com a morte, sofro com a fome, eu sofro. Minha vida mudou muito em muito pouco tempo. Quem não sofre com a morte? Tem que ser muito filho da p* para não sofrer com a morte. É simples assim”, esbravejou.
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