O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) desencadeou nesta quarta-feira (23/6) uma operação para investigar um crime de corrupção envolvendo um policial penal na penitenciária de Formiga, no Centro-Oeste de Minas Gerais.
“De acordo com elementos probatórios encaminhados pela Polícia Penal ao MPMG, um policial, afastado de suas funções mediante ordem judicial cumprida nesta manhã, estava recebendo propina para passar celulares para alguns detentos. Os valores recebidos como propina variavam entre R$ 12 mil e R$ 80 mil. Também foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão nas residências do investigado”, informou o Ministério Público.
As investigações começaram em outubro do ano passado quando se descobriu que celulares que entravam no presídio eram destinados a integrantes de facções criminosos com penas altas. O órgão também apurou que, uma vez dentro do presídio, alguns celulares eram alugados para outros detentos também mediante propina.
A operação teve a participação de policiais militares, civis e policiais penais, além do apoio dos núcleos Central e Divinópolis do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco).
Nota da Sejusp
Em nota, "a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), por meio do Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG), acompanhou e deu apoio à operação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) na unidade prisional de Formiga. O servidor envolvido nas irregularidades responderá administrativamente a um processo na Corregedoria da Sejusp, tendo resguardado o direito ao contraditório e à ampla defesa.
A Sejusp e o Depen-MG ressaltam que não compactuam com quaisquer desvios de conduta de seus servidores. A secretaria tem atuado, com prioridade e dentro do que prevê a lei, no combate a ações criminosas e no flagrante e investigação de posturas inadequadas com a conduta esperada de um profissional da segurança pública. O combate à corrupção é prioridade dessa gestão da Sejusp".