O Serviço de Biologia Celular (SBC) da Fundação Ezequiel Dias (Funed) firmou parceria com o Instituto Mário Penna, por meio do Núcleo de Ensino e Pesquisa (NEP), para dar sequência à pesquisa iniciada em 2008, sobre os desenvolvimentos do câncer. O objetivo é poder levar tratamentos mais eficazes de acordo com o gene de cada paciente, para a rede do Sistema Único de Saúde (SUS).
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COVID-19: Funed participa de estudo sobre primeiro caso de reinfecção em MGBetim faz pesquisa para codificação de cepas do coronavírus em pacientesPesquisa constata anticorpos em 99,6% dos profissionais vacinados em hospital de BH“Com esta análise mais profunda dos tumores, será possível sequenciar dados de vários tipos de câncer que ainda não são definidos, como o câncer de ovário, um subtipo do câncer de mama, e o que mais mata no mundo, que é o tumor de colo retal”, afirma a pesquisadora.
Já a coordenadora do laboratório de pesquisa translacional em oncologia do Instituto Mário Penna, Letícia da Conceição Braga, disse que com os estudos, será possível ter um diagnóstico para saber a condição clínica da doença, se o tumor é mais ou menos agressivo, de acordo com os marcadores encontrados na pesquisa, relacionado ao perfil de cada paciente.
A parceria entre as duas instituições deve proporcionar o acesso de tecnologias de última geração, para melhorar os tratamentos oncológicos na rede do SUS. "Com isso, melhora a qualidade de vida do paciente, que receberá o tratamento adequado de acordo com seu quadro clínico e resistência”, comenta Letícia Braga.
As pesquisas ainda não foram testadas, mas as pesquisadoras afirmam que este será um grande avanço para os tratamentos de pacientes oncológicos, pois pode diminuir a taxa de mortalidade e aumentar a aceitação de cada organismo nos tratamentos quimioterápicos.
O câncer é a segunda maior causa de morte no mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2018, houve 10 milhões de mortes devido à doença no mundo.
“O câncer continua a crescer globalmente, exercendo um tremendo desgaste físico, emocional e financeiro nas pessoas, nas famílias, comunidades e sistemas de saúde. Muitos deles, de países de renda média como o Brasil, estão menos preparados para gerir esse fardo, e muitos pacientes não têm acesso a um adequado diagnóstico e tratamento”, lembra Luciana Silva.
Letícia Braga complementa que essa parceria com a Funed significa a união de esforços de pesquisadores e instituições que trabalham em prol do fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) possam fazer diferença nesse cenário e promover a saúde, por meio da pesquisa e inovação para os pacientes do SUS.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Daniel Seabra