Cirurgias eletivas, procedimentos considerados sem caráter emergencial, estão liberadas em Minas a partir desta quinta-feira (24/6) após quatro meses. A decisão ocorreu em razão da redução de solicitações para internação e da taxa de incidência da doença.
Segundo o Comitê Extraordinário COVID-19, grupo de trabalho que acompanha a situação da pandemia no estado, houve uma redução de 13% nas solicitações para internação nas últimas quatro semanas e a taxa de incidência da doença caiu 3% nos últimos 14 dias e 14% nos últimos sete dias. O Comitê divulgou na tarde desta quinta-feira uma nova resolução da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) para os procedimentos.
As recomendações valem para as redes pública e privada e os mutirões para a realização de cirurgias eletivas seguem proibidos. Os procedimentos deverão seguir as normas específicas para cada onda do Minas Consciente, plano do governo para a retomada segura e gradual da economia.
Entenda como funcionarão as cirurgias eletivas:
- Onda vermelha: liberados procedimentos cirúrgicos em ambientes ambulatoriais.
- Onda amarela: liberados procedimentos cirúrgicos hospitalares que não demandem intubação orotraqueal (com inserção de tubo até a traqueia) ou sedação profunda.
- Onda verde: liberados todos os tipos de cirurgia eletivas, mas caberá ao gestor local e da unidade de atendimento analisar a disponibilidade de equipes e insumos hospitalares.
Cirurgias eletivas estavam suspensas desde fevereiro. Devido à alta de casos de COVID-19 no estado no final do mês de maio, o governo de Minas, por meio do programa Minas Consciente, havia reforçado que as cirurgias eletivas continuariam proibidas até 30 de junho, inclusive na rede particular.
Andamento da pandemia nas regiões mineiras:
Entre as macrorregiões, 12 do total de 14 macrorregiões seguem na onda vermelha. O Vale do Aço e o Sudeste permanecem na onda amarela. “Nos últimos sete dias, vimos poucas alterações no estado. Algumas regiões ainda seguem como foco de atenção, porque o chamado grau de risco continua maior’’, destacou o secretário adjunto de Saúde, André dos Anjos.
Centro, Jequitinhonha, Leste, Noroeste, Norte, Triângulo do Norte e Triângulo do Sul seguem na onda vermelha, além das macrorregiões Centro-Sul, Leste do Sul, Nordeste, Oeste e Sul, porém se enquadram na classificação de Cenário Epidemiológico e Assistencial Desfavorável e passam por análise mais minuciosa dos indicadores de incidência e espera por atendimento. Por isso, o secretário reforçou a necessidade de a população usar máscara, fazer a higienização correta das mãos e manter o distanciamento. “São cuidados necessários mesmo entre as pessoas que já tomaram a vacina”, ressalta.
André dos Anjos também apontou a queda na proporção de óbitos pelo coronavírus entre a população idosa. Somente entre as pessoas com idades de 70 a 79 anos, o número caiu de 50% para 26% do total das mortes registradas pela doença no estado.
Na análise por microrregiões, houve progressão para a onda verde em Coronel Fabriciano. Já Curvelo, Patrocínio/Monte Carmelo, Guanhães, Itabira, Araçuaí, Turmalina/Minas Novas, João Pinheiro, Patos de Minas, Janaúba, Montes Claros e Taiobeiras poderão avançar para onda amarela.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.
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