Jornal Estado de Minas

OPERAÇÃO NARCO BRASIL

Autoridades mineiras apreendem 6 toneladas de drogas apenas neste mês

Aproximadamente 6 toneladas de drogas apreendidas, 170 mil procedimentos de fiscalização e 2,5 mil pessoas detidas. Esse é o resultado de ações de combate ao narcotráfico em Minas Gerais, realizadas apenas neste mês de junho. As atividades preventivas, de inteligência e repressão ocorreram em todo o estado - inclusive em penitenciárias, estradas e aeroporto.




 
Os números foram apresentados nesta sexta-feira (25/6) pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp) e pelas Forças de Segurança atuantes no estado. As ações fazem parte da Operação Narco Brasil, realizada de forma inédita simultaneamente em todo o País.
 

Toneladas apreendidas

 
Em Minas Gerais, foi realizada uma força-tarefa com os órgãos de segurança do estado no dia 1º de junho. Ao todo, 300 mandados de prisão e outros 500 mandados de busca e apreensão foram cumpridos até esta sexta-feira (25/6). As toneladas de droga apreendidas resultaram, segundo as autoridades, em um prejuízo aos criminosos calculado em até R$ 20 milhões.
  
“O Estado organizado demonstra ter condições de debelar este que é o principal comburente da criminalidade violenta no Brasil: o tráfico de drogas. Essa política pública busca trabalhar a prevenção, conscientizar a população a respeito desse esforço social contra um problema de saúde pública e repreender o crime”, resume o secretário adjunto de Justiça e Segurança Pública, Jeferson Botelho.




 
As autoridades mineiras aproveitaram apreensões realizadas em outros meses, fora da Operação Narco Brasil, para incinerar drogas retiradas de criminosos. A ação foi feita nesta sexta (25/6) e destruiu, ao todo, 16 toneladas de entorpecentes. 
 
"Drogas apreendidas em outros meses aguardavam liberação da Justiça para incineração, o que acontece duas ou três vezes por ano, mediante acompanhamento do Ministério Público, conforme prevê a legislação tocante à incineração de ilícitos", explica a Sejusp, por nota, à reportagem. 
 

Unidades prisionais

 
O tráfico de drogas entre os presidiários também foi alvo da megaoperação. A Polícia Penal fez buscas por entorpecentes nas 194 unidades prisionais de Minas Gerais. Foram apreendidos:

  • 9,6 quilos de maconha
  • 400 gramas de cocaína
  • 350 gramas de crack
  • 200 gramas de haxixe
  • mais de 450 selos de LSD 
  • quase 260 selos de maconha sintética K4  

Na quinta-feira (24/6), foram feitas revistas simultâneas nas 15 maiores unidades prisionais de diferentes Regiões Integradas de Segurança Pública (Risps). A ação contou com o apoio de mais de 1,5 mil policiais penais, responsáveis por encontrar 40 selos de LSD, cinco comprimidos de ecstasy, cinco selos de maconha sintética K4, além de aparelhos celulares.   
 

Estradas vigiadas

O conjunto de ações ainda contou com policiamento ostensivo nas estradas que cortam o estado mineiro. A PRF (Polícia Rodoviária Federal) e a Polícia Militar Rodoviária atuaram no combate ao tráfico de drogas nas rodovias federais e também estaduais. De acordo com o inspetor Marcelo Silva Santana, chefe da Seção de Operações da PRF em terras mineiras, “a sinergia que existe entre os órgãos de segurança pública em Minas traz muitos resultados positivos em benefício da população.”  
 
Já a Polícia Militar intensificou ações de caráter preventivo e repressivo nas rodovias estaduais e federais delegadas, assim como na zona rural. Foram cumpridos mandados de prisão e busca e apreensão, além de abordagens a pessoas e a veículos. 





Em relação às ações preventivas, foram desenvolvidas atividades relacionadas à Semana Nacional de Políticas sobre Drogas, como palestras on-line, blitze e campanhas educativas. Os eventos contaram com a parceria da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese). A operação também contou com apoio dos Comandos de Policiamento Especializado (CPE), de Policiamento Rodoviário (CPRv), de Policiamento de Meio Ambiente (CPMAMB) e de Aviação do Estado (Comave). 

“O trabalho integrado entre as Forças de Segurança e outros órgãos do Estado, por meio de ações preventivas e repressivas, têm contribuído para uma redução histórica da criminalidade, tornando Minas cada vez melhor para se viver e empreender”, destaca o comandante-geral da PMMG, coronel Rodrigo Sousa Rodrigues. 

Aeroporto de Confins


Durante a manhã desta sexta-feira (25/6), ações de fiscalização no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte também foram fortalecidas, com apoio da BH Airport, concessionária responsável pelo terminal. A Polícia Federal reforçou a procura por drogas na área de bagagens despachadas, enquanto o policiamento no entorno foi ampliado por policiais militares, civis e Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem (DER-MG).




  
Todo o trabalho foi monitorado pelo Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp), estrutura da Sejusp que funciona no terminal de passageiros, e pelo Centro Integrado de Comando e Controle Estadual (CICCE), localizado na Cidade Administrativa.
 

Integração 

 
A Polícia Civil também teve papel fundamental na megaoperação: a corporação cumpriu, ao todo, 500 mandados de busca e apreensão neste mês. “Quando tratamos de combate às drogas, estamos falando de lutar contra o crime organizado e de evitar que famílias sejam vítimas desse processo crítico. Por isso, é tão importante que nosso trabalho seja intenso, íntegro e correto”, afirma o chefe da Polícia Civil de Minas Gerais, delegado-geral Joaquim Francisco Neto e Silva.

Em Minas, a força-tarefa envolveu Polícia Militar (PMMG), Polícia Civil (PCMG), Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Corpo de Bombeiros Militar (CBMMG), Exército Brasileiro (EB), Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem (DER-MG), Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) e Subsecretaria de Atendimento Socioeducativo (Suase), coordenados pela Sejusp. 

A operação ocorreu nas 27 unidades federativas e foi coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria de Operações Integradas (Seopi), em parceria com a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas do MJSP (Senad) e com as secretarias estaduais do país.
 
*Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Ricci 




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