Em entrevista exclusiva nesta segunda-feira (28) ao Estado de Minas, Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais, criticou a atuação do governo federal durante o período da pandemia de COVID-19. Segundo Zema, falhas de comunicação com o público e na compra de vacinas contra o coronavírus marcaram a atuação da equipe liderada por Jair Bolsonaro (sem partido), presidente da República.
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Para Zema, o segundo ponto que o governo Bolsonaro falhou durante o período pandêmico tange à compra de vacinas em um momento adequado. O governador mineiro considera que as compras deveriam ter acontecido já em meados do ano passado, além de supor que o Brasil poderia ter vacinado 70% da população no momento caso a aquisição de imunizantes fosse feita com antecedência.
“Nós tivemos também, está aí a CPI caminhando, tudo indica, que falha na aquisição de vacinas. O Brasil deveria ter tido uma posição de conservadorismo. Como você está lidando com um inimigo desconhecido, é bom você ter defesa contra esse inimigo, porque até você não sabe como ele vai se comportar. Naquele momento ali, meados do ano passado, teria sido muito prudente o governo federal ter reservado, ter adquirido, um maior número de doses. Quem sabe hoje nós teríamos a vacinação já com 60%, 70% das pessoas vacinadas. Então, vejo que houve aí dois erros de percurso: na comunicação e também na aquisição de vacinas”, completou Zema.
Segundo dados divulgados nesse domingo (27) pelas secretarias de Estado de Saúde, o Brasil vacinou contra a COVID-19 33,31% da população, sendo que 11,95% completaram a imunização (receberam a segunda dose ou foram vacinadas com dose única). Em Minas Gerais, a mesma porcentagem, respectivamente, é de 31,71% e 12,52% do público.
Também de acordo com dados disponibilizados nesse domingo pelo Ministério da Saúde, o Brasil perdeu 513.474 vidas por conta das complicações causadas pela COVID-19. São 18.420.598 casos confirmados no país desde o início da pandemia, em março de 2020. Os números do governo federal colocam Minas com infecção geral de 1.786.654 e 45.888 óbitos pelo coronavírus.
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