O comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, coronel Edgard Estevo da Silva, informou nesta segunda-feira (28/6) que 142 bombeiros militares optaram pela recusa da vacina contra a COVID-19 no estado. Outros 152 ainda não tomaram por outros motivos que ainda são apurados pela corporação.
A declaração foi feita durante audiência na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. De acordo com o coronel Estevo, o número de não-vacinados representa 5% da oferta de imunizantes à instituição. Outros 58% tomaram a primeira dose e 35% se imunizaram com a segunda aplicação.
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“Cento e cinquenta e dois ainda carecem de vacinação. Pode ser recusa, problema de saúde, alguma questão de afastamento, motivos que ainda estamos acompanhando. Já 142 recusaram. Temos identificado e temos trabalho com cada um dos comandantes”, informou o comandante-geral.
Segundo o bombeiro, os militares que ainda não garantiram a segunda dose aguardam o período maior estipulado pela AstraZeneca. “Adiantamos bem a vacinação, temos cuidado dos bombeiros militares. Vários se vacinaram com CoronaVac e os outros que não concluíram a imunização se deve pelo período de vacinação mesmo”, explicou.
O comandante-geral ainda divulgou os números de vítimas da COVID-19 na corporação. Foram cinco militares da ativa e outros 11 da reserva que morreram em decorrência da doença. Ao todo, foram 1.633 casos suspeitos e 1.249 confirmados.
Ações na pandemia
“O monitoramento é constante e, ao identificar sintomas, os militares são imediatamente isolados e testados”, disse, ressaltando as ações de implantação de atos normativos relacionados à COVID-19, como o protocolos de desinfecção, utilização de equipamentos de proteção individual e suporte à Secretaria de Estado de Saúde. “Nossa função é proteger nosso bombeiro militar”, afirmou.
O coronel Estevo ressaltou o trabalho da corporação no transporte de vacinas. “Estamos fazendo um trabalho extremamente importante de transporte dessas vacinas, estamos trabalhando de forma intensa”, observou.
A distribuição de macas bolha também foi destacada pelo comandante. As macas bolha permitem o transporte em que a vítima é isolada e recebe fluxo de ar que passa por um filtro, impedindo também que os socorristas tenham contato com o ar contaminado. No ano passado, o Estado de Minas mostrou como funciona esta tecnologia.
Polícia Civil
A vacinação contra a COVID-19 foi recusada por 170 policiais civis em Minas Gerais. O número também foi divulgado pelo chefe da Polícia Civil, Joaquim Francisco Neto e Silva, durante audiência na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
Polícia Militar
Em Minas, profissionais das forças de segurança começaram a se vacinar em abril, antes mesmo de professores, motoristas ou garis.
Apesar disso, – como o EM mostrou no último dia 16 – a vacina contra a COVID-19, principal bloqueio para a disseminação do novo coronavírus, foi recusada por 300 policiais militares no estado.
A reunião
Segurança pública em foco
- 14h: comandante-geral da Polícia Militar de Minas Gerais, Rodrigo Sousa Rodrigues
- 15h: chefe da Polícia Civil do Estado, Joaquim Francisco Neto e Silva
- 16h: comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, Edgard Estevo da Silva
- 17h: secretário de Estado da Sejusp, Rogério Greco
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