A criatividade para enviar drogas aos presídios impressiona as áreas de segurança dos presídios. Nesta terça-feira (29/6), policiais penais do Presídio Alfenas 1, no Sul do estado, apreenderam uma grande quantidade de maconha, que foi enviada ao presídio. A novidade é que a droga estava estocada dentro de barbeadores, no meio das lâminas, que foram enviados via Sedex, ou seja, utilizando os serviços dos Correios e Telégrafos.
Esta não é a primeira vez que a droga é enviada via correspondência. Na segunda-feira (28/6), os policiais penais detectaram uma grande quantidade de cocaína, que estava misturada a sabão em pó.
Nos últimos 45 dias, foram efetuadas 13 apreensões de drogas pelos Correios, em correspondências, que têm como remetentes parentes de presos que cumprem pena no presídio. Em média, somente este ano é feita uma apreensão a cada três dias.
Segundo a direção do presídio, desde o início da pandemia, pertences de presos podem ser enviados por correspondência, pois as visitas estão proibidas. É fundamental, nesse caso, a perspicácia dos policiais para detectarem a entrada de drogas no presídio.
Todo o material apreendido é encaminhado para a Polícia Civil, que dá início às investigações. Ao mesmo tempo, a administração do presídio instaura inquérito e o preso que for flagrado recebendo a droga, tem suspenso o cadastro de parentes.
Número de casos crescem
O Presídio de Alfenas foi o recordista de apreensões de drogas enviadas via Sedex. Em 2020, foram registradas 42 ocorrências contendo drogas e celulares. Esse total corresponde a 4,76% de casos semelhantes em presídios de Minas Gerais.
Em segundo lugar aparece o Presídio de Três Corações, com 24 ocorrências também em 2020, que correspondem a 2,74% das ocorrências. Em terceiro, estão Varginha e Pouso Alegre.