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Advogado denuncia racismo durante transmissão ao vivo: 'Macacos falantes'

Gilberto Silva Pereira registrou ocorrência na Polícia Civil


29/06/2021 22:09 - atualizado 30/06/2021 21:31

Momento em que usuário do Instagram é racista em transmissão ao vivo
Momento em que usuário do Instagram é racista em transmissão ao vivo (foto: Reprodução/Instagram)
 

 

A Polícia Civil registrou um caso de racismo nesta terça (29/6) em Belo Horizonte. Durante transmissão ao vivo no Instagram, com a temática "Direito e relações raciais: uma introdução crítica ao racismo", o perfil @dablio_eleeh escreveu: "Uaaaaau macacos falantes".

O advogado Gilberto Silva Pereira, presidente da Comissão de Promoção da Igualdade Racial da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Minas Gerais (OAB/MG), denunciou o caso à 2ª Delegacia Especializada em Investigação de Crimes Cibernéticos, situada na Avenida Francisco Salles, na Região Centro-Sul de BH.

Ele participava da transmissão ao lado publicitário e jornalista Dell Ribeiro. O bate-papo continuou mesmo com o caso de racismo para não dar publicidade ao caso, segundo Gilberto Silva Pereira.

“A gente estava falando sobre racismo. O Dell é um parceiro de luta e essa pessoa entrou. Não interrompi a live, nem dei atenção. As pessoas estão com sensação de impunidade e cometem esse crime terrível por trás de uma tela de computador”, lamenta o advogado.

Segundo ele, o momento vivido pelo país, no qual casos de preconceito são manifestados por lideranças políticas, fez os casos de racismo aumentarem.

"O racismo atinge uma coletividade. Como a ofensa foi feita no plural, ou seja, os 'macacos', pode-se classificar como tal, e não como injúria que é ofensa a uma pessoa pela sua cor, etnia, raça ou religião", explica.

De acordo com Gilberto, o caso aconteceu na noite dessa segunda (28/6). Porém, por compromissos pessoais, o advogado só conseguiu registrar a ocorrência na delegacia da Polícia Civil na tarde desta terça.

 

Em nota, a Polícia Civil informou que a ocorrência foi registrada como "injúria racial" e que "instaurou procedimento para apurar o fato". 

 

Segundo a polícia, o advogado será ouvido e orientado. A Delegacia Especializada de Investigação de Crimes de Racismo, Xenofobia, LGBTfobia e Intolerâncias conduz os trabalhos.



 


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