A Polícia Civil registrou um caso de racismo nesta terça (29/6) em Belo Horizonte. Durante transmissão ao vivo no Instagram, com a temática "Direito e relações raciais: uma introdução crítica ao racismo", o perfil @dablio_eleeh escreveu: "Uaaaaau macacos falantes".
Leia Mais
Mulher é indiciada por racismo em Santo Antônio do Amparo'Deus me livre desse bicho, desse urubu', diz investigada por racismoDom Walmor prega contra o racismo e pede inteligência para trazer vacina'Fui obrigada a jogar tudo no chão': racismo em agência bancária em IbiritéEscola de BH emite nota de repúdio sobre racismoEm Minas, Polícia Civil indicia homem por publicação racista no FacebookEm São João del-Rei, Polícia Civil leiloa 739 automóveis apreendidosMatias Barbosa se prepara para volta às aulas de forma híbridaEle participava da transmissão ao lado publicitário e jornalista Dell Ribeiro. O bate-papo continuou mesmo com o caso de racismo para não dar publicidade ao caso, segundo Gilberto Silva Pereira.
“A gente estava falando sobre racismo. O Dell é um parceiro de luta e essa pessoa entrou. Não interrompi a live, nem dei atenção. As pessoas estão com sensação de impunidade e cometem esse crime terrível por trás de uma tela de computador”, lamenta o advogado.
Segundo ele, o momento vivido pelo país, no qual casos de preconceito são manifestados por lideranças políticas, fez os casos de racismo aumentarem.
"O racismo atinge uma coletividade. Como a ofensa foi feita no plural, ou seja, os 'macacos', pode-se classificar como tal, e não como injúria que é ofensa a uma pessoa pela sua cor, etnia, raça ou religião", explica.
De acordo com Gilberto, o caso aconteceu na noite dessa segunda (28/6). Porém, por compromissos pessoais, o advogado só conseguiu registrar a ocorrência na delegacia da Polícia Civil na tarde desta terça.
Em nota, a Polícia Civil informou que a ocorrência foi registrada como "injúria racial" e que "instaurou procedimento para apurar o fato".
Segundo a polícia, o advogado será ouvido e orientado. A Delegacia Especializada de Investigação de Crimes de Racismo, Xenofobia, LGBTfobia e Intolerâncias conduz os trabalhos.