"Foi uma luta chegar ao dia de hoje. Mas graças a Deus consegui me vacinar". Léo Mendonça tem 51 anos, é músico e se sentiu aliviado ao tomar a vacina contra a COVID-19 ontem em Belo Horizonte em um posto de saúde do Bairro São Francisco, na Região da Pampulha. O músico precisou adiar o casamento de junho de 2020 para setembro deste ano e agora deve curtir a cerimônia e a lua de mel com a segunda dose da vacina no braço ao lado da companheira Márcia Neves, de 39.
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Foi quando decidiram marcar para 25 de setembro. O plano é, em seguida, embarcar para Gramado, no Rio Grande do Sul. "A viagem foi um presente de um dos padrinhos, marcamos algumas vezes, mas agora estamos otimistas", contou.
O sentimento foi de alívio ontem."Por coincidência, a segunda dose da vacina será tomada –se tudo caminhar conforme o calendário – quatro dias antes do casamento. Ficamos muito felizes", celebrou. Agora, a expectativa é que a noiva, de 39 anos, seja vacinada também antes da data. "Esperamos que pelo menos a primeira dose", contou. No calendário divulgado pelo governo de Minas, consta que até setembro toda a população acima de 18 anos será vacinada com pelo menos a primeira dose. "Esperamos por essa data por tanto tempo.Já temos a nossa casa pronta e planejamos ter filhos", contou.
Reclamação na fila
Se o dia foi de alegria para Léo, Marli da Conceição Pinto, de 55 anos, teve outro sentimento. O de chateação, ao tentar se vacinar no drive-thru da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na Região da Pampulha, e não ter sido atendida, porque o ponto não estava destinado à imunização de sua faixa etária.
Pela norma da prefeitura, reafirmada a cada novo lote e ampliação dos chamados a se vacinar, os moradores devem comparecer aos postos fixos e de drive-thru destinados a seu grupo – disponíveis no site da administração municipal –, caso contrário, podem ficar sem o imunizante e ter que procurar outro local. Foi o que aconteceu com Marli, que nem por isso deixou de reclamar: “Está vazio. Não tem um carro atrás e não posso me vacinar. Moro aqui na região. Então, o objetivo não é vacinar? Não é prevenir? Se a pessoa está com o documento vacine e pronto acabou”, reclamou Marli.
Balanço
BH chegou à marca de 1.078.807 vacinados contra a COVID-19 com a primeira dose nesta terça. Outras 423.011 receberam a segunda. Portanto, a capital mineira vacinou 52,9% do seu público-alvo com a primeira injeção. E 20,8% desse mesmo contingente completaram o esquema vacinal, segundo dados do boletim epidemiológico de ontem de BH. Em relação ao boletim anterior, a prefeitura contabilizou 12.650 aplicações de vacinas em BH: 9.978 de primeira etapa e 2.672 de segunda. Hoje, serão vacinados moradores de 50 anos, sem comorbidade, além de pessoas que deixaram de tomar a segunda dose da CoronaVac e população de rua.
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