Em paralisação pela valorização da categoria e contra o fechamento de hospitais públicos da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), enfermeiros, técnicos, funcionários do administrativo da rede realizaram um protesto na manhã desta quarta-feira (30/6) em frente ao Hospital João XXIII, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
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A entidade reivindica que uma gratificação, que é atualmente recebida pelos funcionários, seja incorporada ao salário. “Já estamos há dez anos sem nenhum tipo de reajuste. Nós recebemos a gratificação que faz um complemento salarial, só que ela é provisória. Toda vez que um funcionário se afasta por motivo de doença, a gratificação é cortada. Consideremos que isso seja uma punição para os funcionários, já que, se estamos trabalhando na linha frente e sujeitos a contaminação, inclusive do coronavírus, somos punidos quando pegamos alguma doença”, disse Carlos Martins, presidente do SINDPROS.
A paralisação também ocorre em protesto contra a desativação dos hospitais públicos da Rede Fhemig. Segundo o sindicalista Carlos Martins, caso concretizada, a medida será prejudicial tanto para os profissionais quanto para a população.
“Vamos ter menos serviços sendo prestados, leitos desativados e prestação de serviço sendo fechada, por exemplo, o Hospital Alberto Cavalcanti. Quando eles fecham um setor do ambulatório, a população deixa de receber este tipo de serviço”, relatou.
Ato nacional pelo piso salarial da enfermagem
Além da paralisação, os trabalhadores da Fhemig também participam nesta quarta-feira (30/6) do ato nacional ato nacional pela aprovação do PL 2564/2020 que cria o Piso Nacional da Enfermagem e a jornada de 30 horas para a categoria.
Em Belo Horizonte, a manifestação se concentrou na Praça Liberdade, na Região Centro-Sul.
Neste momento, o projeto de lei de relatoria da senadora Zenaide Maia (Pros-RN) está tramitando no Congresso Nacional. Caso aprovado, a medida fixa o piso em R$ 7.315 para enfermeiros.
Para os demais cargos, o piso será proporcional a esse valor, 70% para os técnicos de enfermagem (R$ 5.120) e 50% para os auxiliares de enfermagem e as parteiras (R$3.657). Os valores são para jornada de 30 horas semanais e válidos para União, estados, municípios, Distrito Federal e instituições de saúde privadas.
“Há muitas situações de exploração da nossa mão de obra. Algumas empresas contratam enfermeiros graduados para supervisionar o serviço pagando um salário mínimo. O piso salarial viria de uma forma de regulamentar e valorizar nossa categoria, para não nos deixar expostos a esse tipo de exploração”, disse o presidente do SINDPROS.