A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) indiciou um casal de advogados, de 40 e 41 anos, por estelionato e falsidade documental e ideológica após investigação sobre golpe na venda de pacotes de viagens em Pará de Minas, na Região Central do estado.
As investigações iniciaram em maio deste ano, depois que clientes e proprietários de agências de turismo denunciaram a ação dos suspeitos, que se apresentavam como agentes de viagem.
Ao longo do inquérito, a polícia identificou 78 vítimas nas cidades de Pará de Minas, Ipatinga, Coronel Fabriciano e Belo Horizonte.
Ao longo do inquérito, a polícia identificou 78 vítimas nas cidades de Pará de Minas, Ipatinga, Coronel Fabriciano e Belo Horizonte.
Conforme apurado, o casal solicitava às vítimas dados pessoais ou pagamentos via cartão bancários, que eram posteriormente utilizados para custear viagens de outros clientes, que pagavam pelo serviço à vista e em espécie.
Para atraí-los, a dupla oferecia viagens a preços menores que os praticados no mercado.
Para atraí-los, a dupla oferecia viagens a preços menores que os praticados no mercado.
Em apenas um dos negócios realizados por intermédio de uma agência turística de Pará de Minas, a polícia acredita que o casal tenha gerado um prejuízo de R$ 156 mil.
De acordo com o delegado César Augusto Faria, as vítimas só descobriam o golpe ou a falta da prestação do serviço contratado na iminência da viagem, gerando grandes frustrações e constrangimentos, além dos prejuízos financeiros.
“Não satisfeita, a dupla ainda utilizava os dados dos cartões bancários para comprar outros pacotes vendidos a outras pessoas, obtendo mais vantagens ilícitas e prejudicando outros cidadãos” explica o delegado.
No curso das investigações, a PCMG ainda identificou negociações de viagens envolvendo um grupo de turistas das cidades de Ipatinga e Coronel Fabriciano, na Região do Vale do Rio Doce, com os quais os investigados negociavam viagens com destino à Terra Santa, prevista para fevereiro de 2022.
Até então, os suspeitos não haviam reservado hotel ou comprado passagens aéreas. Cerca de 40 pessoas pagaram pela viagem e, para tal, disponibilizaram dados dos cartões bancários.
Conforme apurado, os dados dessas vítimas estavam sendo utilizados pelos investigados para efetuar pagamento de reservas de hotéis e passagens aéreas para outro grupo de pessoas da cidade de Belo Horizonte, que teriam pago à vista por viagens com destino a Cancún, Croácia, Disney, entre outros.
Os investigados, que já estão no sistema prisional à disposição da Justiça, foram indiciados pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica e falsificação de documentos públicos e particulares.