O setor de eventos em Belo Horizonte comemora, nesta quinta-feira (01/07), a liberação de eventos corporativos e sociais, como casamentos e aniversários na capital mineira. Embora os protocolos ainda não tenham sido divulgados pela prefeitura, a possibilidade de realização das festividades já é animadora para o setor, que está paralisado desde o início da pandemia, em março de 2021.
“Eu estava na expectativa igual mãe grávida em chá de revelação. Depois de tantas reuniões, porque o Kalil estava muito resistente… Com o tempo a gente foi ganhando a confiança dele. Foi tudo muito bem orquestrado. A gente estava muito otimista”, celebra a representante do Fórum de Entidades do Setor de Eventos, Karla Delfim.
Delfim também é vice-presidente do Sindicato das Empresas de Promoção, Organização e Montagem de Feiras Congressos e Eventos de MG (Sindiprom-MG) e diretora da Associação Brasileira das Empresas de Eventos (Abeoc). Ela conta que durante a pandemia, 40% das empresas do setor de eventos fecharam. As empresas que sobreviveram, foram, sobretudo, as mais consolidadas no mercado, que na maioria das vezes não pagam aluguel e conseguiram se reinventar. Os pequenos negócios foram os mais afetados.
“A gente teve um dia de festa hoje, de comemoração, porque a gente entende que cada avanço e vitória tem que ser celebrada. É a compensação de um trabalho de quase oito meses. A negociação forte começou nos últimos meses porque no início a gente sabia que precisava de tempo para se adequar”, afirmou.
Delfim conta que o programa estadual Minas Consciente ajudou em algumas regiões, mas que muitos municípios consideram Belo Horizonte como referência. “Agora que BH avançou, a gente acha que a conquista, apesar de pequena, foi muito importante. A gente falava que queria evento mesmo que fosse para 50 pessoas, para manter o emprego dos garçons e outros profissionais”, lembra.
A representante do setor em Minas diz que o segmento ainda tem uma luta pela frente para atender às necessidades. Na Assembleia Legislativa e na Câmara Municipal, as entidades vêm pedindo incentivo, isenção de impostos e investimento de campanhas para captação de mais eventos.
Os eventos corporativos começam com público de no máximo 400 pessoas. Os congressos e feiras acontecem a partir de agosto. “Vão gerar mais empregos e melhorar os números. Faz toda uma cadeia girar. Impacta outros setores da economia. Hotel, táxi, aeroporto, muita coisa. Estamos muito felizes, mas tem uma longa caminhada, tem que ser de um em um. A gente está preparado para isso.”
Em meio à comemoração, há também preocupação com o respeito às regras impostas pela prefeitura. Delfim diz que as entidades representativas já estão construindo comunicados e informativos para colocar na mídia e nas redes sociais.
“A gente sabe da nossa responsabilidade. Apenas conquistamos o direito de retomar, que pode nos ser tirado a partir do momento que a gente não cumpra os protocolos. Tudo que tiver no decreto tem que ser seguido à risca. A gente não quer retroceder. A gente vai contar também com os clientes e convidados”, disse.
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