Após o Governo de Minas convocar o retorno das aulas presenciais no estado a partir de 12 de julho, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) pediu para que as famílias não enviem os estudantes às escolas públicas estaduais.
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“Os pais, as famílias, não devem enviar seus estudantes neste momento da pandemia às escolas estaduais. Os trabalhadores irão avaliar essa situação para verificar qual o enfretamento necessário para a preservação das nossas vidas e da comunidade escolar. Vimos uma série de dados vazios”, completa Paulo Henrique.
Ainda de acordo com o Sind-UTE/MG, o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, apresentou na ocasião dados sobre a mortalidade da virose em pessoas acima dos 60 anos em Minas.
Mas, como esse não é público-alvo das escolas estaduais, a categoria criticou o critério do secretário.
Como será a volta?
A decisão do Comitê Extraordinário COVID-19 é pelo retorno dos alunos de maneira presencial a partir de 12 de julho (segunda-feira). No caso das cidades na onda vermelha, apenas a educação infantil volta.
As regiões que estiverem nas ondas amarelas e verde também podem incluir o 9° ano do ensino fundamental e o 3° ano do ensino médio na mesma data.
Apesar disso, o ensino continua de forma híbrida. Também é opcional para as famílias a decisão de permanecerem com os filhos no ensino remoto ou voltarem ao presencial.
A secretária de Estado de Educação, Julia Sant'Anna, reforçou que a retomada depende de cada município. Portanto, caso alguma prefeitura queira emitir um decreto de novas restrições, as escolas daquela região podem voltar a fechar.
Professores e toda a rede de apoio das escolas começam a retornar presencialmente para começar o planejamento de retorno já nesta segunda-feira (5/7).
Julia Sant'Anna ressaltou que esse retorno só é possível a partir do cumprimento de uma lista para assegurar a efetividade de todos os protocolos de segurança contra o novo coronavírus.
“É uma retomada extremamente segura, não há organização de qualquer escola da rede estadual se não cumprir o checklist, já preparado por cada escola. Temos 3.167 escolas com esta checagem já realizada, ou seja, 90% da nossa rede”, disse.
Com informações de Natasha Werneck