Uma gráfica localizada na Avenida Francisco Sales, no Bairro Santa Efigênia, Região Leste de Belo Horizonte, vem chamando atenção dos pedestres que passam pela região. Em forma de protesto, a fachada da loja e a vitrine foram cobertas por mensagens de luto pelos mais de meio milhão de vidas perdidas no Brasil pela COVID-19.
Leia Mais
Mais de 160 pessoas podem ter tomado AstraZeneca vencida em BHCOVID-19: média de recusa de vacinas chega a 6% ao dia em UberlândiaProjeto 'Arte Nos Lares' leva grafite para lar de idosos em BHOcupação dos leitos de enfermaria tem nova alta e volta ao alerta em BHPBH negocia permuta de imóveis para preservar Mata do PlanaltoSuperintendente é suspensa acusada de 'fura-fila' da vacinação em PassosApós troca de corpo, Divinópolis terá atestado de reconhecimento de vítimasEm conversa com o Estado de Minas, a responsável pela gráfica, Luana Viana, afirmou que esta foi a forma que ela encontrou poder se manifestar sobre as milhares de mortes por COVID-19.
“Eu não perdi ninguém, mas todos nós fomos atingidos. Esse vírus entrou na casa das pessoas. Se eu não peguei, minha vizinha pegou. A gente conhece as pessoas que perderam parentes e amigos. É triste”, disse.
Segundo ela, a gráfica foi muito prejudicada pela pandemia e precisou fazer cortes. Luana conta que a ação, além de um grito de luto, também foi uma manifestação contra as políticas públicas que acabaram prejudicando milhares de comerciantes.
“Muita gente fechou as portas, não deu conta. Essa pandemia, além de tirar vidas, tirou o emprego de muitos.”
“Muita gente fechou as portas, não deu conta. Essa pandemia, além de tirar vidas, tirou o emprego de muitos.”
Ao ser questionada sobre a repercussão, a comerciante disse que vem ganhando elogios. “Todo mundo para para ver. Me elogiam e parabenizam pela ação. Alguns dizem que todo mundo precisava fazer algo do tipo. Para poder dar voz.”
“Precisamos mostrar que estamos insatisfeitos. Precisamos ter voz e poder nos manifestar. A minha forma de manifestação foi cobrir toda minha vitrine de preto para todo mundo ver e poder refletir. Precisamos ter voz”, disse a comerciante.
* Estagiária sob supervisão da editora-assistente Vera Schmitz.