Escolher a vacina que deseja tomar é uma atitude errada, mas cada vez mais comum a várias pessoas que se dirigem às unidades de saúde das cidades do Leste de Minas. A saída é tentar resolver o problema com um bom papo para convencer de que todas as vacinas contra a COVID-19 são eficientes.
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Fama registra 1ª morte por COVID-19: 'Não acreditou quando deu positivo'Prefeito cobra mais agilidade na vacinação por idade em AraxáColmeia leva pânico a lojistas e pedestres no Centro de AraguariCidades de MG tentam barrar escolha de vacina. Recusou? Vai esperarE quem tem feito isso são os agentes de saúde, que recebem orientação das secretarias municipais de saúde para fazer os esclarecimentos à população.
Em Caratinga, o secretário municipal de Saúde, Erick Gonçalves, explica que orienta a sua equipe a dizer ao cidadão que todas as vacinas são eficientes.
“Atualmente, nós recebemos quatro tipos de vacina contra a COVID-19, que são a AstraZeneca, Pfizer, CoronaVac e Janssen. Nossa orientação para população é tomar a vacina que esteja disponível no dia daquele público prioritário”, disse o secretário, lembrando que não teve problemas com essa orientação.
Em Governador Valadares, as equipes de vacinadores também recebem a mesma orientação e, segundo informou a secretaria, as conversas com as pessoas que resistem em tomar a vacina prevista para aquele dia são todas bem-sucedidas, porque os vacinadores e agentes de saúde explicam de forma científica como se dá a ação dos imunizantes.
Mas a opção por uma vacina se espalhou em Valadares quando “Busão da Vacina” chegou à cidade, na quarta-feira (30/6), com as vacinas da Janssen, em dose única.
O “Busão” é resultado de uma parceria da filial mineira da Cruz Vermelha Brasileira com a Mercedes-Benz, da Câmara de Comércio Brasil-Alemanha e do governo de Minas Gerais.
A previsão era vacinar 200 pessoas por dia na unidade móvel, que ficou estacionada na Praça dos Pioneiros, área central da cidade. Mas a notícia de que o "Busão" tinha as vacinas em dose única atraiu cerca de 850 pessoas no primeiro dia, e 1.350 pessoas no segundo.
Quando o Busão foi para o Distrito Industrial vacinar os trabalhadores, em seu terceiro dia na cidade, formou-se uma fila com mais de 1 mil pessoas, ávidas pela vacina da Janssen, que acabou rapidamente.
Quem não conseguiu fez cara feia ao saber que teria de tomar a vacina da Pfizer, mas se vacinou, sem protestos.