Mais de 100 servidores do Hospital Público Regional de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), ficaram sem salários ou tiveram grandes descontos nas folhas de pagamentos devido a um erro do relógio de ponto, instalado na unidade recentemente. Segundo alguns trabalhadores, o erro ocorreu ao receber a remuneração de junho.
Uma enfermeira que pediu para não ser identificada, disse que há três meses foram instalados aparelhos com sistema biométrico no hospital, mas que nenhum equipamento emite o comprovante impresso de horário. A enfermeira alega que a máquina não registrou os dias trabalhados. Alguns servidores receberam o contra cheque zerado.
“Tive desconto no salário de R$400, mas teve colegas que não receberam nem um centavo. Tem servidores afastados, por exemplo, que também tiveram problema, mas nós que estamos trabalhando, temos como provar porque o hospital tem câmera, prontuário de paciente online que poderiam conferir os dias que trabalhamos. Procuramos o RH do hospital, mas o responsável está de férias e ficamos sem ninguém para recorrer. Estamos sem nenhuma comunicação a respeito”, contou a enfermeira.
Membro do Conselho Municipal de Saúde e vice-presidente do segmento do trabalhador, Yara Diniz, relatou que foi procurada pelos servidores e entrou em contato com a direção do hospital na semana passada. Mas em Betim é feriado de carnaval até a próxima quarta-feira (7/7) e, devido a isso, possivelmente, o problema ainda não tenha sido solucionado.
“A Saúde tem suas especificidades e complexidade e em um momento de pandemia onde os profissionais estão adoecendo e morrendo, não poderia ter sido dessa forma. Fico preocupada com isso”, pontuou Yara.
De acordo com a Superintendência de Recursos Humanos, o problema foi ocasionado por inconsistências de informações registradas no ponto biométrico de 102 servidores do Hospital Público Regional - a unidade conta com um total de 1.379 servidores (efetivos e comissionados).
Uma enfermeira que pediu para não ser identificada, disse que há três meses foram instalados aparelhos com sistema biométrico no hospital, mas que nenhum equipamento emite o comprovante impresso de horário. A enfermeira alega que a máquina não registrou os dias trabalhados. Alguns servidores receberam o contra cheque zerado.
“Tive desconto no salário de R$400, mas teve colegas que não receberam nem um centavo. Tem servidores afastados, por exemplo, que também tiveram problema, mas nós que estamos trabalhando, temos como provar porque o hospital tem câmera, prontuário de paciente online que poderiam conferir os dias que trabalhamos. Procuramos o RH do hospital, mas o responsável está de férias e ficamos sem ninguém para recorrer. Estamos sem nenhuma comunicação a respeito”, contou a enfermeira.
Membro do Conselho Municipal de Saúde e vice-presidente do segmento do trabalhador, Yara Diniz, relatou que foi procurada pelos servidores e entrou em contato com a direção do hospital na semana passada. Mas em Betim é feriado de carnaval até a próxima quarta-feira (7/7) e, devido a isso, possivelmente, o problema ainda não tenha sido solucionado.
“A Saúde tem suas especificidades e complexidade e em um momento de pandemia onde os profissionais estão adoecendo e morrendo, não poderia ter sido dessa forma. Fico preocupada com isso”, pontuou Yara.
De acordo com a Superintendência de Recursos Humanos, o problema foi ocasionado por inconsistências de informações registradas no ponto biométrico de 102 servidores do Hospital Público Regional - a unidade conta com um total de 1.379 servidores (efetivos e comissionados).
Por nota, a prefeitura de Betim explicou sobre a implementação do sistema digital na unidade:
“A prefeitura esclarece que vem tentando implantar o ponto biométrico no hospital desde fevereiro deste ano, mas enfrenta resistência por parte de alguns servidores, que preferem fazer o preenchimento manual da folha. De lá para cá, considerando um período de teste e de adaptação à biometria, o município permitiu a utilização de ambos os registros, ou seja, o ponto biométrico juntamente com preenchimento da folha. O prazo para adaptação, no entanto, expirou no fim de abril. Neste mesmo mês, a prefeitura ministrou um curso para os agentes de Recursos Humanos e gerentes de todas as áreas do hospital e, na ocasião, comunicou formalmente sobre o uso exclusivo do ponto biométrico, solicitando a atenção dos mesmos para evitar quaisquer inconsistências. A folha de pagamento, que regularmente é fechada no dia 20, foi concluída no dia 28 de maio justamente para que houvesse mais tempo para retificações.”
“A prefeitura esclarece que vem tentando implantar o ponto biométrico no hospital desde fevereiro deste ano, mas enfrenta resistência por parte de alguns servidores, que preferem fazer o preenchimento manual da folha. De lá para cá, considerando um período de teste e de adaptação à biometria, o município permitiu a utilização de ambos os registros, ou seja, o ponto biométrico juntamente com preenchimento da folha. O prazo para adaptação, no entanto, expirou no fim de abril. Neste mesmo mês, a prefeitura ministrou um curso para os agentes de Recursos Humanos e gerentes de todas as áreas do hospital e, na ocasião, comunicou formalmente sobre o uso exclusivo do ponto biométrico, solicitando a atenção dos mesmos para evitar quaisquer inconsistências. A folha de pagamento, que regularmente é fechada no dia 20, foi concluída no dia 28 de maio justamente para que houvesse mais tempo para retificações.”
A prefeitura diz, ainda, que os salários calculados erroneamente, serão pagos. “A prefeitura ressalta que realizará uma força-tarefa para tentar corrigir o pagamento desses servidores até o quinto dia útil, prazo regular do município para pagamento do funcionalismo”.