Vinte presos e 220 máquinas caça-níquel mais R$ 5.800 em dinheiro apreendidos. Esse foi o saldo da Operação Arca de Noé, realizada em conjunto pelas polícias Civil e Militar em combate a jogos de azar, no Centro de Belo Horizonte, na manhã desta terça-feira (6/7).
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Guarda Municipal fecha casa de jogos de azar em Venda NovaCasa de jogos de azar é descoberta e fechada no Centro de Belo HorizonteMP faz operação contra exploração de jogos de azar na Grande BHPolícia fecha pontos de jogos de azar em Vespasiano e mais duas cidadesPolícia prende 12 pessoas e desmantela casa de jogos de azar em BHA operação coordenada pelo delegado Arlen Bahia, chefe do 1º Departamento de Polícia Civil, começou cedo, nas primeiras horas da manhã. Mais de 100 policiais civis e militares foram mobilizados para cumprir 33 mandados de busca e apreensão e de prisão.
“Foi um trabalho de inteligência que durou cerca de um mês, realizado de maneira integrada e qualificada, com compartilhamento de informações, resultando na operação realizada. Foi um duro golpe do poder público naqueles que atuam nessa modalidade criminosa, com a apreensão desse material”, explicou o delegado.
O coronel da PM Webser Passos disse que a operação tem reflexos não só nesse segmento, de jogos de azar. “Foi uma operação totalmente integrada, onde o principal foco foi o jogo de azar. Essa modalidade criminosa é realizada por uma organização que financia outros tipos de delitos, como o tráfico de drogas.”
Os resultados dessa primeira parte da operação, segundo o delegado Arlen Bahia, servem de motivação. Ele anuncia que as investigações continuarão. “Durante as buscas foi localizado um escritório relacionado ao jogo de azar e, a partir de agora, iremos instaurar procedimento para compilar e analisar toda essa documentação apreendida, a fim de dar sequência à investigação e identificar todos integrantes da organização criminosa.”
As 20 pessoas conduzidas à delegacia assinaram um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), com base nos artigos 50 e 58 da Lei de Contravenção Penal.
O que diz cada artigo
O artigo 50 diz que é crime estabelecer ou explorar jogo de azar em lugar público ou acessível ao público, mediante o pagamento de entrada ou sem ele. A pena é de prisão simples, de três meses a um ano, e multa, estendendo-se os efeitos da condenação à perda dos móveis e objetos de decoração do local.
O parágrafo 1º diz que a pena é aumentada de um terço, se existe entre os empregados ou participante do jogo pessoa menor de 18 anos.
O parágrafo 2º fala que incorre na pena de multa, de R$ 2 mil a R$ 200 mil, quem é encontrado participando do jogo, ainda que pela internet ou por qualquer outro meio de comunicação, como ponteiro ou apostador.
O artigo 58 diz que explorar ou realizar a loteria denominada jogo do bicho, ou praticar qualquer ato relativo à sua realização ou exploração é crime. A pena é de prisão simples, de quatro meses a um ano, e multa.
O parágrafo único explica que incorre na pena de multa aquele que participa da loteria, visando a obtenção de prêmio, para si ou para terceiro.