Chegou a vez de as pessoas de 46 anos serem vacinadas contra a COVID-19 em Belo Horizonte. Nesta nova fase, a prefeitura da capital calcula que cerca de 56 mil moradores, entre eles a faixa etária de 45 anos, que também serão vacinados a partir desta sexta-feira (9/7), compareçam aos postos fixos e de drive-thru para receber a primeira dose do imunizante.
O analista de qualidade Alessandro Marcatti Parreira, de 46 anos, foi um dos vacinados no posto da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ele contou ao Estado de Minas que, mesmo se sentindo mais seguro contra o coronavírus após a imunização, vai permanecer seguindo as medidas preventivas à risca, conforme recomendado pelas autoridades sanitárias.
“Para mim é a maior garantia de não ter um quadro mais crítico caso pegue o vírus. Mas, ao mesmo tempo, não significa que não posso adquirir e transmitir para outras pessoas. A responsabilidade no meu caso continua a mesma. Muitas pessoas infelizmente estão abaixando a guarda na pandemia. Temos que continuar usando máscara e álcool sempre”, relatou.
Alessandro também ressaltou como o contexto pandêmico afetou seu dia a dia. “É muito complicado ver pessoas do nosso entorno, pessoas que vão ter sequelas que a medicina ainda não consegue esclarecer porque é tudo muito novo. Esse momento é muito complicado. Precisamos ter vigilância na forma que conduzimos para que a gente não seja vetor ou infectado pela doença”, afirmou.
Já o gerente de vendas Francisco Albuquerque Neto, de 46, disse que a imunização significa maior alívio para a segurança de seu pai, de 76, e sua mãe, de 66. “Estava ansioso por esse momento. Como moro com meus pais, a expectativa maior era por eles. Apesar de eles terem sido vacinados, fico muito preocupado de alguma forma transmitir o vírus. Eu sou o segundo filho a ser vacinado, ainda faltam dois, e espero que eles consigam se vacinar ainda mais rápido”, disse.
Vacinado com a AstraZeneca, Francisco criticou aqueles que estão recusando o imunizante britânico. Devido ao crescimento de preferências do público por determinados fabricantes, muitos brasileiros estão deixando de ir ao posto de saúde quando as doses disponíveis naquele local não são as que esperavam.
“Ouvimos falar de pessoas que estão escolhendo a vacina. Isso é muito errado. Tem que tomar qualquer uma. Temos que passar por isso e ter nosso recomeço. Não só sobre nossa vida, mas de várias pessoas”, alertou.
Vacinação segue para outros públicos
Em postos específicos, a vacinação também segue para grupos que já foram contemplados e por alguma razão perderam o prazo da campanha.
O administrador Emílio Pereira Batalha Gomes, de 47, foi um dos moradores que não puderam comparecer às unidades de saúde no dia destinado para sua faixa etária, ocorrida nesta terça-feira (6/7). Porém, aproveitou o dia menos corrido para garantir sua imunidade contra a COVID-19 na manhã desta quinta (8/7).
“A sensação é de segurança, não que eu possa agora voltar à rotina normalmente, mas, dentro das medidas de segurança, ficamos mais tranquilos. É uma sensação de que você está ajudando a sociedade de alguma forma”, afirmou.
O horário de funcionamento dos postos extras e fixos é das 7h30 às 16h30 e das 8h às 16h30 para pontos de drive-thru. No entanto, a PBH alerta que por questões de logísticas para evitar aglomeração do público, os locais são dinâmicos e passam por alterações diariamente.
Além disso, segundo a administração municipal, algumas pessoas procuram os pontos de vacinação em data posterior ao chamamento, quando a disponibilização do imunizante para o público específico está mais concentrada em algumas unidades para evitar a perda de doses. Todos os endereços estão disponíveis no site da prefeitura.
* Estagiária sob supervisão da editora-assistente Vera Schmitz
Leia mais sobre a COVID-19
Confira outras informações relevantes sobre a pandemia provocada pelo vírus Sars-CoV-2 no Brasil e no mundo. Textos, infográficos e vídeos falam sobre sintomas, prevenção, pesquisa e vacinação.
- Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil e suas diferenças
- Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades
- Entenda as regras de proteção contra as novas cepas
- Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
- Os protocolos para a volta às aulas em BH
- Pandemia, epidemia e endemia. Entenda a diferença
Confira respostas a 15 dúvidas mais comuns
Guia rápido explica com o que se sabe até agora sobre temas como risco de infecção após a vacinação, eficácia dos imunizantes, efeitos colaterais e o pós-vacina. Depois de vacinado, preciso continuar a usar máscara? Posso pegar COVID-19 mesmo após receber as duas doses da vacina? Confira esta e outras perguntas e respostas sobre a COVID-19.
Quais os sintomas do coronavírus?
Desde a identificação do vírus Sars-CoV2, no começo de 2020, a lista de sintomas da COVID-19 sofreu várias alterações. Como o vírus se comporta de forma diferente de outros tipos de coronavírus, pessoas infectadas apresentam sintomas diferentes. E, durante o avanço da pesquisa da doença, muitas manifestações foram identificadas pelos cientistas. Confira a relação de sintomas de COVID-19 atualizada.