A 12ª edição do Boletim Epidemiológico COVID Zero, produzido por uma equipe de professores do Departamento de Ciências Básicas da Vida da UFJF/Campus de Governador Valadares, revelou dados importantes sobre a incidência da COVID-19 em Governador Valadares, Ipatinga, Juiz de Fora e Belo Horizonte.
O Programa COVID Zero é coordenado pelo professor Peterson Marco Andrade, em três eixos: epidemiológico, assistencial e educativo. O COVID Zero desenvolve ações para o combate à doença e mantém relações próximas e colaborativas com prefeitura e outras instituições.
A professora Alexandra Paiva Araújo Vieira, que coordena o eixo epidemiológico da pesquisa para a elaboração do boletim, explicou que há uma redução significativa na incidência da COVID-19 nos municípios avaliados, com apresentação de estabilidade da ocorrência de casos novos no município de Ipatinga desde maio de 2021.
“Apesar da redução dos casos em Governador Valadares, Juiz de Fora e Belo Horizonte, ainda não é possível identificar uma fase de estabilidade, por apresentarem uma variação média a alta na ocorrência de novos casos da doença”, disse.
O boletim informa que no período de maio e junho de 2021, os óbitos diários por COVID-19 e a taxa de ocupação de leitos UTI COVID-19 SUS também reduziram em todos os municípios avaliados. Porém, a taxa de letalidade nos municípios de Juiz de Fora e Governador Valadares tem se mantido alta e preocupante.
Vírus continua circulando
Os pesquisadores demonstraram no boletim as diferenças entre algumas cidades de Minas Gerais (Tabela 1). Indica que há um maior risco de mortalidade e letalidade entre os moradores de Governador Valadares e Juiz de Fora em relação à média estadual e nacional. A adesão às medidas preventivas não pode relaxar, pois o vírus continua circulando entre as pessoas.
Os dados apurados pelos pesquisadores da UFJF/Campus Governador Valadares e que compõem o boletim ressalta a importância de os municípios divulgarem a quantidade de leitos UTI SUS exclusivos para COVID-19 ocupados (em números absolutos) para que a população tenha conhecimento da realidade de leitos disponíveis.
“A taxa de ocupação pode sofrer interferências de outros fatores como a habilitação ou não de novos leitos, e com isso pode mascarar a realidade da pressão sobre o sistema de saúde”, explicou a professora Alexandra Paiva.
Ampliar a vacinação é essencial
O Boletim Epidemiológico trouxe também uma atualização sobre as variantes do SARS-CoV-2, com destaque para a variante Delta, de origem indiana. E também atualizou dados sobre as vacinas, relacionando as principais vacinas disponibilizadas no Brasil e as reações adversas.
“Destacamos alguns estudos científicos divulgados que demonstram a importância da imunização completa na prevenção de casos sintomáticos, hospitalizações e relação de proteção frente às variantes de preocupação. Outro ponto importante abordado foi a importância da imunização combinada com a vacinação contra Influenza”, explicou Alexandra.
A progressão da campanha de vacinação, de acordo com os pesquisadores, foi determinante para a redução de casos de COVID-19 no estado. Mas eles alertam que ainda não é o momento para o abandono de medidas de prevenção e controle, tanto que no boletim eles destacam a importância sobre a utilização de máscaras faciais mesmo após a vacinação.
Para ter acesso ao Boletim Epidemiológico completo, acesse o site do programa da UFJG/GV.
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