No último sábado (3/7), a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) publicou o decreto que libera eventos sociais, shows, espetáculos e teatros. No entanto, o texto não agradou a todos os envolvidos. Isso porque a Associação Mineira de Eventos e Entretenimento (AMEE) alegou que as regras estão em desacordo com o que foi proposto em reunião com representantes do Executivo municipal.
De acordo com o decreto da PBH, eventos sociais devem acontecer sem venda de ingressos e com público restrito. Isso vale para casamentos, formaturas, aniversários e confraternizações. No entanto, convidados e trabalhadores dos eventos devem ser testados com o exame RT-PCR até 72h antes da festa, exceto para pessoas que comprovem vacinação contra COVID-19 completa a mais de 14 dias.
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Marques destacou que as exigências podem inviabilizar a realização de diversos eventos, por conta do custo. Uma nota divulgada pela associação argumentou que se uma confraternização acontecer em um buffet, salão ou espaço de festas, o custo ao cliente sairia bem mais caro que em um restaurante, por causa das regras.
“O decreto final está em desacordo com o que foi proposto pessoalmente na ocasião em que as entidades do nosso setor estiveram reunidas com a PBH e não atende os profissionais que trabalham com eventos pequenos e médios, que são a grande maioria na nossa área”, frisou a associação.
Em nota, a PBH disse que informou na reunião com o segmento de eventos que as propostas construídas conjuntamente passariam por duas avaliações, sendo a primeira no Comitê de Enfrentamento à COVID-19 (órgão consultivo) e, posteriormente, na Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Vigilância Sanitária (autoridade técnica de vigilância em saúde da cidade), para as adaptações necessárias.
Ainda segundo o Executivo municipal, “essas etapas foram claramente apresentadas e informadas na reunião”.
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