Quatro homens, com idades entre 24 e 35 anos, foram presos pela Polícia Civil por crimes de roubo e associação criminosa. Eles são suspeitos de se passar por policiais civis para entrar em residências e cometer os assaltos em pelo menos 10 oportunidades, em diferentes regiões de Minas Gerais. Os prejuízos são estimados em R$ 120 mil.
O grupo foi investigado pela 1ª Delegacia de Sabará em uma operação batizada de Ladros. Segundo a delegada Larissa Nunes Mayerhofer Lima, o ponto de partida foi um roubo ocorrido em 1º de maio último, em Ravena, distrito de Sabará. No mesmo mês, dia 23, houve outro registro similar no mesmo local.
“Os suspeitos atuam da seguinte forma: eles chegam à residência, aos finais de semana, se apresentam como policiais civis, usando camisa com o escrito “Polícia Civil”. Mas não é a vestimenta oficial, é falsa. E falam que ali se encontra um foragido da Justiça, para ludibriar as vítimas e assim conseguirem ter acesso ao interior do imóvel”, explica a policial.
Quando entravam na casa, geralmente na área rural, os criminosos anunciavam o assalto. “Em Sabará, por exemplo, eles amarraram as vítimas com fios elétricos e presilhas, apontando armas, exigiram que elas fornecessem cartões bancários e senhas, e conseguiram fazer transferências bancárias", conta a delegada.
As investigações apontam ao menos 10 assaltos do tipo em diferentes municípios:
- Ravena (distrito de Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte)
- Ponte Nova (Zona da Mata)
- Acaiaca (Zona da Mata)
- Barão de Cocais (Central)
- Bom Jesus do Amparo (Central)
- Congonhas (Central)
- Itabira (Central)
- Mariana (Central)
Operação Ladros
A partir das provas e identificações obtidas, a delegada solicitou mandados judiciais e foi montada, a partir daí, a Operação Ladros. Dois dos suspeitos foram presos em 1º de julho, pela Polícia Civil. Na véspera, a PM tinha prendido outro integrante do grupo de assaltantes.
Na casa deste homem, foram encontradas drogas, uma arma de fogo, e uma placa de veículo utilizado em um roubo praticado em Congonhas. E o quarto identificado já se encontrava preso no sistema prisional por outro crime.
“Então são vários elementos que deram bastante substância à autoria. São indivíduos extremamente perigosos e todos com vasto prontuário criminal; um deles possui prontuário de 30 páginas, várias condenações, inclusive por crime de homicídio”, observa a delegada.
Larissa Lima pontua, ainda, que no decorrer das investigações foi recuperado, na casa de familiares de um dos suspeitos, um aparelho celular roubado, e um homem foi preso em flagrante por receptação.