Uma barreira de concreto para a contenção de rejeitos em caso de rompimento foi finalizada na última das barragens da Vale que se apresenta em nível 3 do programa de segurança, considerado em situação de ruptura iminente, e que não era dotada do sistema de prevenção. De acordo com a mineradora, foi concluída a contenção da Barragem Forquilha 3, da Mina de Fábrica, entre Ouro Preto e Itabirito, na Região Central do estado.
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"A estrutura aumenta a segurança das pessoas que vivem em comunidades próximas e protege as Zonas de Segurança Secundária das barragens de Forquilha 1, 2, 3, 4 e Grupo, que incluem parte dos municípios de Itabirito, Raposos, Rio Acima e Nova Lima, além de três bairros de Belo Horizonte", informa a Vale.
A finalização da contenção abre caminho para que se iniciem os preparativos para a descaracterização das barragens Forquilhas I, II, III e Grupo, construídas pelo método a montante.
"O Programa de Descaracterização de barragens da Vale é baseado em informações e estudos técnicos e considera a especificidade de cada uma das 30 estruturas geotécnicas, compreendendo 16 barragens, 12 diques e dois empilhamentos drenados. O cronograma e demais informações sobre o andamento das obras estão disponíveis www.vale.com/esg", informou a mineradora.
Em Barão de Cocais, abaixo da Barragem Sul Superior, cerca de seis quilômetros depois da estrutura, foi construída uma contenção de 36 metros de altura e 330 metros comprimento encaixada no Vale do Rio São João, que é o caminho natural dos rejeitos em caso de rompimento.
A lama desprendida da Barragem Sul Superior teria ainda a capacidade de atingir o Rio Santa Bárbara, os municípios próximos de Santa Bárbara e São Gonçalo do Rio Abaixo, desembocando no Lagoa da Hidrelétrica de Peti e chegando até o Rio Piracicaba, afluente do Rio Doce, já devastado desde 2015 pelo rompimento da Barragem do Fundão, em Mariana.
No caso da Barragem B3/B4, da Mina de Mar Azul, em Nova Lima, foi erguida uma contenção com 33 metros de altura e 221 metros de comprimento, estando preparada para receber os cerca de 2,7 milhões de metros cúbicos de rejeitos - cerca de um terço do volume que se desprendeu da Barragem B1, em Brumadinho - e que levariam pouco mais de 15 minutos para chegar ao povoado de Macacos.