Trabalhadores
técnicos-administrativos em educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), na Zona da Mata mineira, começaram uma greve sanitária, por tempo indeterminado, nesta quinta-feira (15/7), nos campus de JF e Governador Valadares.
Além da paralisação das
atividades
da categoria, o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino de Juiz de Fora (Sintufejuf) defende a suspensão do semestre suplementar,
que teve início na semana passada com aulas presenciais para cerca de 1.500 alunos da área de saúdenos cursos de odontologia, medicina e enfermagem.
A deliberação ocorreu em assembleia-geral convocada pelo sindicato na manhã dessa terça-feira (13/7), por videoconferência. Conforme comunicado, a adesão à greve foi aprovada com apenas uma abstenção e nenhum voto contrário.
“Na ocasião, a categoria compreendeu que, em defesa da vida e por condições sanitárias de trabalho, neste momento serão suspensos os
trabalhos
presenciais dos serviços não essenciais”, declara o Sintufejuf, acrescentando que a “decisão foi tomada após tentativa de diálogo com a administração superior”.
O
Estado de Minas
conversou com o
coordenador
-geral do Sintufejuf, Flávio Sereno, logo após o término de uma nova reunião remota no início da noite desta quinta-feira (15/7).
“Deliberamos com os trabalhadores de alguns setores da UFJF e agendamos reuniões com dirigentes das unidades acadêmicas para apresentação das denúncias de irregularidades levantadas pelo sindicato. Faremos uma nova assembleia na próxima semana para avaliação da greve”, explica.
Sindicato aponta contradição nas ações da UFJF
“Neste momento, estamos diante do que nos parece uma contradição nas decisões da instituição (a UFJF). De um lado, o Conselho Superior e a reitoria decidem que as atividades presenciais não essenciais devem permanecer suspensas até o mês de agosto devido à situação ainda preocupante da pandemia (...)”, diz parte do texto do manifesto que acompanha o movimento grevista.
“De outro lado, o mesmo conselho e a mesma reitoria convocam para o retorno presencial mais de 2 mil pessoas, entre elas 113 TAEs (técnicos-administrativos) da instituição”, segue o texto.
“Se a UFJF entende que precisa esperar pelo menos mais dois meses para o retorno seguro, por que expor estas pessoas de forma antecipada?”, conclui a indagação da categoria.
UFJF encaminhou nota à reportagem do Estado de Minas
Conforme a Universidade, as aulas práticas para os cursos de medicina, odontologia e enfermagem – nos campus de Juiz de Fora e Governador Valadares – tiveram o calendário aprovado para o período suplementar e regulamentado pelo Conselho Superior (CONSU/UFJF).
“A regulamentação pelo CONSU da oferta do período suplementar foi o resultado de um longo processo preparatório, que teve início com estudos realizados pelos cursos, análises e discussões feitas pelo Conselho de Graduação (CONGRAD), pela Comissão de Monitoramento e Acompanhamento de Ações de Combate à COVID e pelo próprio plenário do CONSU”, inicia a instituição.
“Todo este processo foi um trabalho coletivo e de muito diálogo, com o envolvimento de docentes, técnicos-administrativos e discentes”, complementa.
Ainda conforme as alegações da assessoria encaminhadas à reportagem, todos os protocolos necessários à oferta de atividades presenciais foram seguidos.
“Providenciamos a distribuição de EPIs, adaptação dos espaços destinados às aulas, organização e planejamento das atividades de forma a manter o máximo de distanciamento social e, ainda, desenvolvemos o aplicativo de monitoramento e diagnóstico (da COVID) para docentes, técnico-administrativos e discentes”, explica em nota.
“Em que pese o nosso respeito à decisão da entidade, a Administração Superior da UFJF vai continuar a fazer todos os esforços necessários para a implementação das atividades definidas para o semestre suplementar, conforme determinação do Conselho Superior”, finaliza a UFJF por meio de sua assessoria.
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