De acordo com a delegada Ligia Barbieri Mantovani, titular da Delegacia de Polícia Civil em Mateus Leme, equipes constataram que a clínica de reabilitação apresentava estrutura precária, como camas quebradas e falta de higiene. Durante oitiva, os internos disseram que eram privados de se alimentar e de cuidados médicos, além de serem submetidos à tortura, ameaça, entre outros crimes.
"Eles contam que eram, inclusive, amarrados em camas, nos braços, nas pernas e no peito, por medidas de contenção, além da utilização de remédios para dormir durante alguns dias, evitando fugas ou reclamações", disse Ligia.
Um inquérito foi instaurado pela Polícia Civil para apurar os crimes de lesão corporal, cárcere privado, ameaça e possível tortura. Os internos da clínica estão sendo ouvidos na noite desta sexta-feira. Eles foram transportados em um ônibus até a delegacia.
Os maiores de idade serão entregues às famílias, enquanto os menores serão encaminhados ao Conselho Tutelar. O proprietário da clínica foi conduzido à delegacia.
Até a última atualização desta reportagem, a ocorrência ainda estava em andamento.