A Polícia Civil de Minas Gerais, em ação conjunta com o Ministério Público Estadual e a Polícia Militar, prendeu três integrantes de uma mesma família suspeitos de manter pessoas internadas em uma clínica de reabilitação em Elói Mendes, no Sul de Minas. O local foi interditado após denúncia de maus-tratos. O dono da clínica estava entre os detidos.
De acordo com a Polícia Civil, seis pessoas estavam sendo mantidas em cárcere privado em uma clínica de reabilitação, na zona rural da cidade, que foi interditada após denúncia de maus-tratos.
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A Polícia Civil voltou ao local e prendeu em flagrante três homens responsáveis pela clínica, entre eles, o dono do local. “O irmão dele, que atua como ‘terapeuta’, mas agredia fisicamente os internos, e um sobrinho do proprietário que atuava como monitor, responsável pela fiscalização dos internos”, afirma.
A polícia informou ainda que uma das vítimas tinha mais de sessenta anos e, além da privação da liberdade, sofria grave sofrimento físico e moral.
Os três presos em flagrante foram levados para a delegacia de Elói Mendes e, na sequência, tiveram a prisão preventiva decretada. De acordo com a polícia, eles são suspeitos pelos crimes de sequestro e cárcere privado triplamente qualificado e integração de organização criminosa.
Um quarto envolvido, filho do dono do local, também foi levado para a delegacia por atrapalhar o trabalho da polícia. “Ainda, um quarto indivíduo foi enquadrado no crime de embaraço à atividade fiscalizatória do Ministério Público e da Polícia Civil, previsto no Estatuto do Idoso. Ele tentou coagir um senhor de 75 anos a permanecer no centro, logo após o momento em que o delegado de polícia disse ao idoso que ele teria de sair daquele local, e acompanhar as autoridades. O homem foi conduzido à delegacia para os procedimentos de praxe e, por se tratar de crime de menor potencial ofensivo, foi liberado”, ressalta.