Jornal Estado de Minas

COVID-19

Prefeitura de BH divulga hoje endereços de vacinação para grupo de 40 anos

A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) vai ampliar a vacinação contra a COVID-19 a partir de segunda-feira (19/07) e poderão se vacinar as pessoas de 40 anos, completos até 31 de julho, exclusivamente residentes na capital.


Os locais de imunização da próxima semana serão disponibilizados no portal da Prefeitura na tarde de hoje. Hoje, moradores de 60 recebem a segunda dose da vacina. Além disso, pessoas de grupos já chamados ao longo desta semana e que ainda não conseguiram receber a dose podem comparecer aos locais de imunização específicos para cada faixa etária.





Ontem, foram vacinados os de 41, com dose única Janssen, produzida pela farmacêutica Johnson & Johnson. Segundo a prefeitura da capital, esse público recebeu as doses remanescentes das aplicações em moradores em situação de rua e pessoas com 50 anos.

Fabrício César Silveira e Leonardo Sampaio Cardoso, de 41 anos, ambos vacinados no posto drive-thru da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), relataram o entusiasmo de serem protegidos contra o coronavírus com o imunizante norte-americano. “Fui privilegiado. Estava eufórico esperando por esse dia”, disse o empresário, Leonardo Sampaio, que contou ter sido infectado pelo coronavírus duas vezes. “É uma alegria. Quanto tempo a gente estava esperando essa vacina chegar. Infelizmente,  temos um governo federal que não ajuda muito e que não acreditou na doença. Muito omisso”, afirmou o gerente de T.I. Fabrício Silveira.

MISTURA DE FABRICANTES

Uma falha na vacinação foi relatada por um guarda municipal de Belo Horizonte, que tomou duas doses de vacina contra a COVID-19 de fabricantes diferentes: AstraZeneca na primeira dose, e Pfizer na segunda, segundo informações divulgadas pelo “Bom Dia Minas”, da TV Globo. Segundo a reportagem, o guarda preferiu não ser identificado. Ele informou que enquanto a profissional da saúde preparava a dose, uma funcionária administrativa solicitou o cartão de vacinação, que continha o registro da primeira dose com a AstraZeneca.  "Logo em seguida, a técnica de enfermagem me chamou para aplicar o imunizante. Quando ela estava aplicando, a administrativa que estava sentada com meu cartão na mão deu um grito e falou: 'Para'. Eu perguntei o motivo e ela disse: 'Você tomou a AstraZeneca e nós estamos dando a Pfizer'", relatou. Para ele, faltou atenção no momento da aplicação.





Após receber a segunda dose diferente da primeira, o guarda municipal ficou preocupado, principalmente com uma possível reação por causa da mistura de vacinas e se estaria, de fato, imunizado.  Ainda de acordo com a reportagem, a Prefeitura de Belo Horizonte informou, em nota, que, “em situações de aplicações de imunizantes diferentes, a orientação do Ministério da Saúde é acompanhar cada caso, não sendo indicada a aplicação de uma terceira dose de vacina”. A administração municipal também disse que a situação do agente será acompanhada pela Secretaria Municipal de Saúde. "As equipes são todas treinadas e serão, novamente, orientadas", disse o texto.

Estudos sobre a intercambialidade de vacinas contra a COVID-19 ainda não foram concluídos pelos cientistas e pesquisadores. Dois deles, que foram publicados na Espanha e no Reino Unido pelo The Conversation, indicaram que quem recebeu doses mescladas, como o agente mineiro, teve sintomas leves a moderados e de curta duração após a segunda aplicação. Até o momento, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não recomenda o método. Segundo o órgão, ainda não há evidências de que a aplicação de vacinas de fabricantes distintas produza eficácia.

*Estagiária sob supervisão do subeditor Frederico Teixeira


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