Jornal Estado de Minas

ESPERANÇA E ALERTA

COVID-19: hospitais e UPAs de BH têm folga no atendimento de infectados

Em alguns hospitais de Belo Horizonte, o cenário é de recuo dos atendimentos, mas ainda há quadros críticos relacionados às contaminações pelo novo coronavírus. No Felício Rocho, instituição particular, a ocupação dos leitos de UTI está em 50% e os de enfermaria em 67%.




“Os CTIs estão ficando menos cheios e isso é um grande alento para a sociedade. Contudo, não é momento para relaxar com as condutas (sanitárias). Temos observado que a doença está simulando cada vez mais um quadro de resfriado, com menos tosse, com essas novas variantes do vírus”, afirma o infectologista Mozar de Castro Neto, do Hospital da Baleia. A unidade tem 60% das UTIs e 42% das enfermarias em uso.

Na unidade de isolamento respiratório da Santa Casa BH, a ocupação das UTIs é de 90%, enquanto nas enfermarias é de 75%. Ligado ao mesmo grupo, o São Lucas registra exatamente o mesmo índice na terapia intensiva e 50% nos leitos clínicos. Porém, a gestão dos hospitais credenciam esses índices altos a um redirecionamento de camas para outros setores das unidades, já que a demanda da COVID-19 diminuiu.
 
Portanto, se a mesma oferta do início fosse mantida, as ocupações dos leitos na Santa Casa e no São Lucas também estariam baixas, segundo a administração. 
 

 
Porém, em outros locais de BH o quadro ainda é crítico. No Risoleta Tolentino Neves, por exemplo, nove das 11 camas de UTI estavam ocupadas na semana passada (81,8%). Nas enfermarias, a taxa era de 79% (19 de 24).




 
No Instituto Mário Penna, 15 das 20 (75%) vagas para pacientes graves estavam ocupadas. Nas enfermarias, o índice era de exatamente 50% (20 de 40). Em Minas, por outro lado, a ocupação das UTIs para COVID-19 é de 57,75%. Nas enfermarias, o índice é de apenas 14,57%. Os dados são do painel da Secretaria de Estado de Saúde.



Além desses números, a reportagem do EM visitou três unidades de pronto-atendimento (UPAs) de Belo Horizonte na última quinta-feira: Centro-Sul, Leste e Venda Nova. Em todas elas, os funcionários não tiveram dúvidas em avaliar a situação.

Houve momento muito pior que o atual. “Realmente, há muito menos movimentação agora. Meses atrás, o trânsito de ambulância aqui era intenso, muitos parentes. É outro cenário agora”, afirma Juliano Monteiro, proprietário de um trailer de lanches em frente à UPA Leste, na Avenida dos Andradas.





Um motorista de ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que preferiu não se identificar, também viu a demanda cair nas últimas semanas.

“Houve dia em que cheguei a socorrer 40 pessoas com COVID-19 no mesmo expediente. Era uma loucura. Ontem (na quarta), atendi oito. Então, é inegável que caiu. Nossa preocupação agora é com as novas variantes”, disse durante conversa com a reportagem em frente à UPA Centro-Sul.

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