Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

Sete Lagoas identifica idoso que tomou três doses da vacina contra COVID

A Secretaria Municipal de Saúde de Sete Lagoas, Região Central do estado, identificou nesta segunda-feira (19/7) uma pessoa que tomou três doses da vacina contra a COVID-19. O fato é considerado crime e será denunciado ao Ministério Público de Minas Gerais.



LEIA TAMBÉM: Prefeitura de Viçosa ajuíza ação contra morador que tomou 4 doses de vacina
 
De acordo com dados do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunização, o idoso, de 78 anos, tomou a 1ª dose da Coronavac no dia 16 de março e, em 8 de abril, recebeu a 2ª dose do mesmo imunizante.

Porém, no dia 28 de junho, a mesma pessoa procurou um posto de vacinação e recebeu a 1ª dose da Pfizer.
 
“Não é possível burlar o sistema, pode demorar alguns dias, mas qualquer pessoa que comete este tipo de atitude será identificada e denunciada para as devidas punições. Já bloqueamos a possibilidade deste cidadão tomar mais uma dose da Pfizer”, comentou o secretário municipal de Saúde, dr. Flávio Pimenta.




 
Este tipo de fraude, inclusive, é tema de uma campanha da Ouvidoria Pública de Minas Gerais: “Não é a quantidade, é a dose certa que protege”. A ação incentiva a denúncia, caso seja identificado alguém recebendo mais doses da vacina do que o necessário. 
 
As denúncias podem ser feitas de maneira virtual pelo link: www.ouvidoriageral.mg.gov.br/canal-coronavirus. Em Sete Lagoas, na Ouvidoria da Secretaria Municipal de Saúde pelo telefone (31) 3775-1414.
 
“A Secretaria está atenta a possíveis abusos e fraudes que visem burlar esse sistema e prejudicar a imunização de qualquer grupo”, complementa o secretário.
 
 

Penalização rigorosa

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ajuizou, no dia 12 de junho, Ação Civil Pública (ACP) de reparação por dano moral coletivo e social contra um casal que recebeu três doses de vacina contra a COVID-19, sendo duas de Coronavac e a terceira da Pfizer, caso idêntico ao de Sete Lagoas.




 
A Justiça já concedeu antecipação de tutela para impedir que eles tomem a segunda dose da Pfizer ou a primeira de algum outro imunizante, sob pena de multa de R$ 1 milhão.

O MPMG pede também pagamento de R$ 500 mil por dano moral coletivo e o mesmo valor por dano social a cada um dos demandados devido à gravidade da conduta.
 
Segundo a ACP da Promotoria de Justiça da Comarca de Rio Novo, os denunciados têm residência em Belo Horizonte, onde receberam as duas doses de Coronavac, e também em uma fazenda em Rio Novo, onde foram revacinados. 
 
O município da Zona da Mata, com 8.712 mil habitantes, recebeu, até o dia 7 de julho, 5.663 doses, o suficiente para imunizar menos da metade de sua população, já que são necessárias duas doses para completar o esquema vacinal.




 
"Tal conduta por parte dos demandados poderá comprometer o Plano Municipal de Vacinação, com indivíduos já vacinados desviando doses que deveriam ser direcionadas ao restante da população ainda não agraciada pelo imunobiológico", afirma a ACP.

Leia mais sobre a COVID-19

Confira outras informações relevantes sobre a pandemia provocada pelo vírus Sars-CoV-2 no Brasil e no mundo. Textos, infográficos e vídeos falam sobre sintomasprevençãopesquisa vacinação.
 

Confira respostas a 15 dúvidas mais comuns

Guia rápido explica com o que se sabe até agora sobre temas como risco de infecção após a vacinação, eficácia dos imunizantes, efeitos colaterais e o pós-vacina. Depois de vacinado, preciso continuar a usar máscara? Posso pegar COVID-19 mesmo após receber as duas doses da vacina? Posso beber após vacinar? Confira esta e outras perguntas e respostas sobre a COVID-19.

Veja vídeos explicativos sobre este e outros tema em nosso canal






audima