Jornal Estado de Minas

REGIÃO METROPOLITANA DE BH

Polícia Civil apreende mais de 70 quilos de crack em Matozinhos

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) apreendeu mais de 72 quilos de crack e cerca de dois quilos de cocaína na zona rural de Matozinhos, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Um homem de 27 anos foi preso por tráfico de drogas e é suspeito de ser reincidente nesse crime. 





 

Segundo o delegado Rodolpho Machado, em coletiva de imprensa, as investigações do Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico (Denarc) foram iniciadas há dois meses, após a equipe receber informações sobre um possível distribuidor de drogas na região. 
 
O homem atuava como intermediário de uma organização criminosa e era responsável por esconder e distribuir as drogas. "Ele repassava para outros grupos para fazer a preparação em pequenas quantidades e vender nos pontos de crack da região metropolitana", disse o delegado. 
 
É a maior apreensão feita pelo Denarc neste ano, já que, de acordo com o delegado, geralmente são apreendidos até cinco quilos de crack – droga de rápida saída no mercado e pouco tempo de estocagem. 




 
"Se fosse comparar (o montante de crack apreendido) ao valor de mercado da maconha, seria referente a uma tonelada e meia da droga", explicou o delegado Rafael Horácio, chefe da Divisão Especializada de Combate ao Narcotráfico.
 
O local do esconderijo, segundo o delegado Rodolpho, era muito bem articulado: "É na zona rural, numa casa muito simples. Eles fizeram um buraco na cerâmica, atrás de móveis. Então, tinha que acessar um quarto pequeno, movimentar os móveis, levantar a cerâmica para achar esse esconderijo".

A polícia suspeita que, na semana passada, a organização tenha movimentado 300 quilos da droga. 
 
 
 
O homem preso recebia uma demanda da droga, ia até o esconderijo, buscava a quantidade solicitada por cada ponto de droga e fazia a distribuição.



Os donos dos pontos não iam até a zona rural. 
 
"Por isso que a equipe ficou dois meses acompanhando o indivíduo. Nossa equipe recebeu a demanda através da nossa agência de inteligência e ficou durante dois meses o acompanhando. Isso demandou muito esforço, porque precisamos seguir a rotina dele. Saber onde frequenta, para a gente ir eliminando as possibilidades e chegar ao local de estoque", explicou o delegado.
 
Na casa que servia de esconderijo também moram outras pessoas, que, segundo o delegado, são familiares do homem preso.

Pela forma como a droga estava escondida, ainda é preciso avaliar se os moradores tinham conhecimento da situação e, por isso, a polícia vai investigar a relação dos demais com a organização criminosa.
 
A Polícia Civil vai prosseguir com as investigações, também para localizar o fornecedor das drogas e demais integrantes da organização criminosa. 
 
*Estagiária sob supervisão da subeditora Kelen Cristina

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