Nesta segunda-feira (19/7) a Polícia Civil de Minas Gerais realizou a operação "Sorriso Seguro" em Juiz de Fora, na Zona da Mata do estado. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em três endereços, além da prisão preventiva de um dentista, de 34 anos, suspeito de praticar importunação sexual enquanto realizava atendimentos de em seu consultório.
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O homem foi preso em flagrante e encaminhado para prisão preventiva na penitenciária Matias Barbosa. Porém, horas depois do fato foi solto.
Após a repercussão do caso, outras vítimas, de 15 a 17 anos, procuraram a delegacia entre terça-feira (13/7) e quarta-feira (14/7) para denunciar o dentista. Todas relataram o mesmo modo de agir na importunação, mas como ele foi solto, elas ficaram com medo de sofrer retaliações.
“Em todos os atendimentos, a vítima, quando deitada, ouvia barulhos estranhos. Ele sempre realizava o atendimento com apenas uma mão. Na segunda-feira, ele se descuidou e ela, quando levantou, flagrou o autor com o órgão genital exposto. Ele se assustou e se cobriu com o jaleco”, disse a delegada Ione Barbosa, responsável pelo caso, em coletiva de imprensa.
"No momento em que elas tomaram conhecimento de que ele havia sido solto, ficaram com receio quanto a sua integridade física e com medo de denunciar. Então, requeremos a prisão preventiva dele, assim como mandados de busca e apreensão".
Segundo a delegada, o homem foi preso na casa da mãe dele e foram cumpridos mandados de busca e apreensão no local, além de seu consultório odontológico e na casa do dentista. "Apreendemos vasto material - submetido à perícia técnica - que vai nos ajudar nas investigações. Deveremos concluir esse inquérito no máximo em dez dias", afirmou a delegada.
Orientações para outras possíveis vítimas
A delegada Ione Barbosa orienta que outras mulheres vítimas do dentista podem procurar a 7ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Juiz de Fora, no Bairro Santa Terezinha, das 8h30 às 17h, para registro de denúncia.
"Até o momento, doze pessoas foram ouvidas, entre elas, nove vítimas e três testemunhas", finaliza.
*Estagiária sob supervisão do subeditor João Renato Faria