Na manhã desta quinta-feira (22/7) foi deflagrada a 'Operação Lockdown', que investiga uma organização criminosa que atua no tráfico de drogas em Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro.
Cinco mandados de prisão foram cumpridos, além de 13 mandados de busca e apreensão nos três estados.
Cinco mandados de prisão foram cumpridos, além de 13 mandados de busca e apreensão nos três estados.
Com a participação de várias instituições, a operação contou com cinco promotores de Minas e dos outros dois estados, 91 policiais militares de Minas, nove do Espírito Santo e oito do Rio de Janeiro.
Nesta quinta, foram apreendidos mais de R$ 360 mil em espécie, 32 celulares, três notebooks, computadores, cheques e diversos documentos.
Ao longo das investigações, já foram apreendidos cerca de 500kg de maconha, 40kg de cocaína e aproximadamente R$ 1 milhão em espécie.
Segundo o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) "o grupo era responsável pela distribuição e abastecimento de drogas para os aglomerados da Região Metropolitana de Belo Horizonte e de Vitória, no Espírito Santo, e contava ainda com o apoio de uma advogada, que prestava assessoria jurídica ao líder da organização, que também passava informações sobre investigações em andamento e sobre dados disponíveis em bancos de acesso restrito".
A advogada não teve mandando de prisão expedido nesta quinta e seu envolvimento com a organização criminosa ainda será investigado, de acordo com o promotor de justiça Peterson Queiroz de Araújo, em coletiva de imprensa.
Entre os presos na operação, está um dos líderes da quadrilha, que foi preso na cidade de Macaé, no Rio de Janeiro. Segundo o promotor, ele também está sendo investigado pelo homicídio de um cabo da Polícia Militar, em 2005. Na mesma ocasião ele tentou matar outro soldado da corporação.
"Pelo o que consta nas investigações desses crimes, o fato aconteceu como vingança, porque os policiais estariam atuando na área de funcionamento do tráfico dessa pessoa" explicou o promotor.
A organização criminosa tinha uma estrutura específica. "Além da liderança, identificamos que existiam membros responsáveis pela distribuição da droga no Espírito Santo. Por isso, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na cidade de Vitória e outro em Serra".
"Tinham outros membros responsáveis pelo transporte da droga nos dois estados. E tinham aqueles que atuavam no recebimento e distribuição dos entorpecentes na RMBH. Outras pessoas ficavam com o recolhimento e guarda do dinheiro em espécie. Além daquelas responsáveis pelas movimentações bancárias da organização criminosa", detalhou Queiroz de Araújo.
Desdobramento da Operção Resgate
A operação desta quinta foi um desdobramento de outra atuação em 2019, a Operação Resgate, que prendeu o primeiro líder da quadrilha.
"Na ocasião, um dos líderes foi preso pelo crime de tráfico de drogas. Ele estava portando documentação falsa e também foi preso por causa disso. As investigações mostraram que ele já tinha esse documento e faria o uso dele para evitar a prisão, mas foi pego", afirmou o promotor.
"Na ocasião, um dos líderes foi preso pelo crime de tráfico de drogas. Ele estava portando documentação falsa e também foi preso por causa disso. As investigações mostraram que ele já tinha esse documento e faria o uso dele para evitar a prisão, mas foi pego", afirmou o promotor.
"Importante ressaltar que essa organização criminosa movimentava uma quantidade muito relevante de dinheiro, de forma que, fazendo uma estimativa a partir de um caderno de anotações de contabilidade, estimamos que em dois anos e meio de funcionamento, movimentaram cerca de R$ 27 milhões", finaliza.
Além do MPMG, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a Operação Lockdown tem participação dos MPs do Espírito Santo e Rio de Janeiro, do Batalhão de Rondas Táticas Metropolitanas (Rotam), do Batalhão de Polícia de Choque e da Companhia Independente de Policiamento com Cães (Rocca) da Polícia Militar de Minas Gerais.
*Estagiária sob supervisão do editor Álvaro Duarte