Jornal Estado de Minas

RITMO ACELERADO

Hospitais de MG devem realizar 435 mil cirurgias eletivas até o fim de 2022

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) anunciou nesta sexta-feira (23/7) a retomada das cirurgias eletivas nos hospitais privados do estado em ritmo acelerado. O chefe da pasta, Fábio Baccheretti, prevê que, nos próximos 15 meses, instituições mineiras públicas e privadas realizarão 435 mil procedimentos, ou seja, o dobro da quantidade realizada em 2019, antes da pandemia de COVID-19. 


“Antes da pandemia, em 2019, foram realizadas cerca de 186 mil cirurgias. Em 2020, cerca de 97 mil, ou seja, metade. E, este ano, menos da metade. Então, considerando que nós temos aí até o final do ano que vem para a gente manter a média de 186 mil cirurgias, teríamos que realizar, neste período de 15 meses, cerca de 435 mil cirurgias. É um número muito grande, um desafio muito grande, mas há uma expectativa de que a gente consiga reduzir ao máximo esse acumulado de cirurgias”, afirmou esta manhã (23/7), em entrevista coletiva concedida na Cidade Administrativa. 





As intervenções cirúrgicas planejadas, ou seja, aquelas que podem ser postergadas sem grandes prejuízos aos pacientes, estavam suspensas desde fevereiro em decorrência da pressão causada pela pandemia ao sistema de saúde.

As operações foram liberadas nos municípios a partir desta quinta-feira (22/7) por decisão do Comitê Extraordinário COVID-19. A exceção seriam as macrorregiões da onda vermelha classificadas como cenário epidemiológico desfavorável. No momento, no entanto, não há nenhuma região mineira inserida nesta categoria. 

Segundo Baccheretti, a SES-MG pretende acelerar sobretudo os procedimentos mais prevalentes, que ficaram mais acumulados ao longo da epidemia. O dirigente mencionou também um reajuste na tabela de valores paga pelo governo para a realização dessas operações, reconhecendo que os preços praticados pelo Executivo estão defasados





“Há uma expectativa, sim, de que a gente crie um incentivo à tabela de procedimentos, que está defasada há muito tempo, e pague a mais por alguns procedimentos considerados de maior prevalência e de maior risco para a população. Vamos lançar, logo, um programa de incentivo para algumas cirurgias”, prometeu. 

Conforme anunciado pela pelo Comitê Extraordinário COVID-19, a retomada das cirurgias eletivas deve observar algumas regras. A principal delas é que cada hospital comprove que dispõe de um estoque de kit intubação - composto de bloqueadores neuromusculares, sedativos e analgésicos -  suficiente - para ao menos 30 dias.  A SES-MG informou que, em breve, publicará uma resolução detalhada sobre o tema.

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