O corpo do dançarino e produtor cultural mineiro, Marcos Coelho, assassinado durante uma briga de trânsito, em Amsterdã, Holanda, na madrugada de domingo (18/7), vai ser cremado nesta segunda-feira (26/7), em Amsterdã. Conhecido como “Denoitinho” e “Marcos Brasil”, ele integrou a Banda Prima e promoveu vários eventos carnavalescos na Holanda.
Para realizar o funeral de Marcos Coelho, que tinha 45 anos de idade, sua família teve de fazer uma campanha para arrecadar 6 mil euros entre os brasileiros que moram na Holanda. A campanha foi bem-sucedida e atingiu a meta rapidamente.
“Nós, familiares de Marcos Coelho, gostaríamos de agradecer a cada um de vocês que estiveram conosco durante esse momento tão difícil e doloroso. Cada centavo doado nos permitiu atingir o objetivo e, fazendo isso, pudemos dar ao Marcos um final digno”, informou Érica Coelho, irmã de Marcos, nas suas redes sociais.
Na tarde deste domingo (25/7), familiares e amigos do dançarino vão participar da missa de sétimo dia, que será celebrada na Igreja de Nossa Senhora de Fátima, na área central de Amsterdã.
Como Marcos era católico, a família resolveu fazer a celebração e possibilitar a presença de seus amigos no penúltimo adeus a ele. O último, será na segunda-feira, quando seu corpo será cremado em cerimônia restrita à familiares.
Lilia Cassemiro, que mora em Amsterdã e era amiga do dançarino, escreveu em seu perfil no Facebook um texto emocionado, se despedindo do garoto esperto, que cresceu em Coronel Fabriciano, no Vale do Aço, e migrou para a Holanda para “vencer na vida”.
“Você foi e sempre será o meu orgulho, um jovem que saiu do seu país e não conseguiu tirar a camisa aqui fora. Suas cores preferidas eram mesmo o verde, amarelo, azul e branco. A Holanda não será mais a mesma sem você aqui, sem as festas, o seu sorriso, o seu gingado, o samba no pé e a sua amizade”, escreveu Lilia na despedida ao amigo.
O apelido de Marcos era “Denoitinho” porque seu pai era conhecido como “Denoite”, e trabalhava como vendedor ambulante em Coronel Fabriciano. De acordo com moradores de Fabriciano, o pai de "Denoitinho" era conhecido pela sua honradez e dignidade, e por ter trabalhado durante toda a vida para sustentar e família e dar educação aos filhos.