Na estação mais fria do ano, um colorido todo especial embeleza a paisagem e forma um contraste com o azul do céu. Espécies comuns no cerrado, os ipês começam a desabrochar e a dar um tom cor-de-rosa nas ruas e avenidas de Belo Horizonte durante o inverno. A árvore floresce entre junho e outubro, de acordo com cada espécie, e fica totalmente desprovida de folhas quando suas flores caem.
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Segundo dados da Associação Mineira de Defesa do Ambiente (Amda) e da Prefeitura de Belo Horizonte, a capital conta com mais de 27 mil ipês, o que corresponde a 9% das árvores da cidade, que abrange nove espécies.
O ipê rosa é o mais abundante, com mais de 9,6 árvores. Em seguida, vem o ipê tabaco, com 6 mil plantas, e o ipê amarelo (2,8 mil).
“Os ipês poderiam ser plantados em maior quantidade. São muito bonitos, e deveriam ser reconhecidos como patrimônio da cidade. Estão para BH como as cerejeiras para o Japão”, diz o professor de botânica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) João Renato Stehmann.
Segundo ele, a floração dos ipês, em BH e região, ocorre quando as árvores completam seu estágio de geração de flores. “Não é que eles tenham a ver com o frio. Ocorre que nossa estação seca é no inverno, quando as árvores perdem as folhas e completam seu ciclo de gerar flores, frutos e sementes”, explica.
Para quem contempla o ipê em frente do Edifício Niemeyer, na Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul de BH, vale saber que é da cor roxa, o chamado de bola. “O ipê branco tem muitas variações de um tom que pode também chegar ao rosa. Aqui na capital, temos, portanto, o roxo, depois o branco, seguindo-se o amarelo e, no finalzinho da temporada, o rosa.”
Em Minas, há mais de 20 espécies à espera dos olhos dos moradores, visitantes e demais interessados na natureza exuberante que, não raro, se torna vítima do fogo, das motosserras e da destruição ambiental – sempre pelas mãos humanas inescrupulosas.
Proposta
O ipê já inspirou até uma proposta para transformá-lo na flor nacional do Brasil, com o mesmo propósito de que o pau-brasil é a árvore nacional. O projeto se arrasta há décadas no Congresso Nacional, em Brasília. O ipê é considerado flor-símbolo nacional em El Salvador, Equador, Venezuela e Paraguai.