João Monlevade, na Região Central de Minas, vai ganhar uma gigantesca empena grafitada (mural com arte de rua), medindo 18 metros de altura por 50 metros de comprimento. O trabalho será executado por vários artistas mineiros e faz parte de um projeto apoiado pela Lei de Incentivo à Cultura. Será realizado pela Fábrica de Graffiti e patrocinado pela siderúrgica ArcelorMittal.
Os trabalhos são todos autorais e, segundo os produtores, levarão mais cores para o ambiente industrial e cotidiano dos moradores, criando um circuito cultural de amplo acesso a todos e aproximando a cidade da prática da arte urbana.
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“Essa é uma prerrogativa da ArcelorMittal, desde 2018, em função de sua Política de Diversidade e Inclusão”, explicou Vander Neves, gerente de RH da unidade de Monlevade.
“Essa é uma prerrogativa da ArcelorMittal, desde 2018, em função de sua Política de Diversidade e Inclusão”, explicou Vander Neves, gerente de RH da unidade de Monlevade.
Os artistas convidados são: Alberto Tadeu (Tot), Barbara Daros, Bruna Ferreira Gonçalves (Pimenta), Bobylly, Daniel "Jack" Nery, Fernando dos Santos (Fhero), Gabriella Biga, Ítalo Nanais, Kaká Chazz, Lídia Viber, Mariana Marinato, Pedro Stryper, Sâmela Moreira, Sérgio Ilídio, Silvana Assunção (Sil) e Thiago Moska.
O projeto prevê a pintura de construções no entorno da área industrial da ArcelorMittal e, em seguida, a ação será realizada em espaços públicos na região central da cidade, por meio de uma parceria com o poder público local.
Para realizar o projeto, a Fábrica de Graffiti optou por humanizar espaços industriais por meio da valorização da arte de rua (street art) e capacitar novos artistas, valorizando o potencial local.
“São projetos de grande impacto nas cidades anfitriãs”, disse a cofundadora da Fábrica de Graffiti, Paula Mesquita Lage.”
E os artistas da rua agradecem
Pedro Stryper, artista que há anos trabalha com a street art em Governador Valadares e cidades do Leste de Minas, chegou nesta quinta-feira (29/7) a Monlevade para se integrar ao grupo de artistas e pintar o seu painel.
“Eu optei por uma temática ligada à fauna e à flora, e coloquei o índio como elemento principal, com animais como o mico-leão dourado e uma onça-pintada. Vou produzir em preto e branco, que é a forma que eu mais trabalho”, disse.
Stryper, que sempre lutou pelo reconhecimento do artista que produz a arte de rua, está feliz com a oportunidade. A felicidade é a mesma entre as artistas que estão em Monlevade.
“Satisfação total pela oportunidade de fazer parte desse rolê, feliz de ter conhecido essas artistas maravilhosas e agradecida de estar fazendo o que eu amo. Arte é uma parada que é cura. Em um ambiente tão pesado, nosso trabalho está impactando as pessoas de uma maneira muito positiva e isso é gratificante”, disse Mariana Marinato, de Belo Horizonte, depois de fazer pose com as amigas para uma foto descontraída.
Sobre a seleção dos artistas, Mariana considerou louvável a atitude dos produtores, que adotaram a equidade no processo de escolha. "E mais legal ainda foi terem chamado artistas de toda a região próxima de Monlevade", disse.