A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) anunciou a volta às aulas nesta segunda-feira (2/8). Parte das escolas particulares também voltaram hoje.
Já a Secretaria de Estado de Educação (SEE/MG) nas unidades localizadas nos municípios em ondas amarela ou verde do Plano Minas Consciente, voltam as turmas dos anos iniciais - 1º ao 5º ano -, do 9º do ensino fundamental e do 3º ano do ensino médio.
A partir de 3 de agosto, as escolas dessas localidades também poderão começar o acolhimento dos professores que atuam no 8º ano do ensino fundamental, 2º ano do ensino médio, além das turmas do último período/semestre dos cursos profissionalizantes e do último período da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Para esses anos de escolaridade, a volta dos alunos vai ocorrer a partir de 9 de agosto.
Escolas localizadas em municípios que estão na onda vermelha retornam somente com os anos iniciais do ensino fundamental. Lembrando que todo avanço para outros níveis de ensino será avaliado após um período mínimo de 14 dias de retorno, em consonância com o Plano Minas Consciente e as determinações da administração municipal.
Até o momento, em todo o estado, estão autorizadas a retomada das atividades presenciais de 1.384 escolas, em 226 municípios, com cerca de 326 mil estudantes matriculados, com média de adesão de 50%
1) Ensino infantil
A retomada das aulas presenciais nas Escolas Municipais de Educação Infantil (Emeis) - voltadas às crianças de 0 a 5 anos - foi feita de maneira gradativa, desde o dia 3 de maio.
Em 21 de junho, retomaram as aulas presenciais em tempo normal. Quando a última decisão foi tomada, Belo Horizonte estava a faixa 75% (quanto mais próximo de 100%, melhor o índice).
Em relação à rede privada, de acordo com a presidente do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep-MG), Zuleica Reis, os estudantes da educação infantil, retornaram normalmente dentro da mesma estrutura adotada no primeiro semestre nesta segunda-feira.
2) Ensino fundamental
Em 5 de julho, alunos do 4º e 5º ano da rede municipal de educação voltaram às aulas presenciais em Belo Horizonte. Nessa fase, estavam envolvidos cerca de 35 mil alunos e 1,2 mil professores.
Conforme definido no protocolo sanitário, o retorno presencial é facultativo, cabendo essa decisão à cada família. O ensino remoto permanece sendo ofertado a todos os estudantes da rede municipal, independentemente da decisão pelo retorno presencial.
Em 5 de agosto, a administração municipal deve ampliar o atendimento presencial para alunos do 6º ao 9º ano.
A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) também vai progredir a retomada das aulas presenciais nas escolas estaduais na capital mineira. A partir de 3 de agosto, estudantes do 9º ano do ensino fundamental retornam.
De acordo com a Educação estadual, as escolas vão voltar das férias do meio do ano no regime híbrido em BH: uma semana no presencial e outra no remoto.
Na última sexta-feira (30/7), o Estado informou quais escolas vão ofertar aulas presenciais para estudantes do 9º ano do fundamental.
A lista está disponibilizada no site do governo.
No ensino particular, a atividade presencial já foi autorizada. A maioria das instituições também reabre nesta segunda-feira (2/8).
3) Ensino médio
Para o retorno do ensino médio em BH é necessário que o índice seja de pelo menos 81%, enquanto para os demais níveis de ensino é necessário um índice mínimo de 91%.
Sendo assim, a administração municipal autorizou a retomada das atividades presenciais do ensino médio em 23 de julho - durante o recesso.
Já os alunos do 1º ao 3º ano do médio poderão voltar às aulas, a partir de 3 de agosto, segundo a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG). O governo já informou quais escolas vão ofertar aulas presenciais para estudantes do 3º ano do ensino médio.
A lista está disponibilizada no site do governo.
Como sempre, as famílias que temerem o risco de infecção pelo novo coronavírus poderão manter os estudantes no regime remoto de aulas.
No ensino privado, grande parte dos alunos não retornaram. "Como o protocolo é o mesmo para educação infantil até o ensino médio, as escolas terão um trabalho maior para tentar, dentro dos protocolos, o distanciamento de 2m, atender o maior número de estudantes possível para atender os estudantes do ensino médio", informou Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep-MG), Zuleica Reis. Sendo assim, apenas cerca de 10% das escolas retornaram.
Ela ainda explica que esse distanciamento dificulta muito atender as expectativas das famílias e dos estudantes. "A adesão é muito grande entre 75 a 85% de famílias que fizeram opção pelo retorno presencial. Dependendo do espaço físico da escola e do tamanho das salas de aula, o atendimento será limitado", acrescentou.
Ela pontuou que isso acarretará ainda mais prejuízo aos estudantes do ensino médio que estão há 16 meses sem aulas presenciais. "Por esse motivo o retorno hoje, dos estudantes do ensino médio, ocorreu em pouquíssimas escolas", informou.
4) Universidades
Já as aulas nas universidades continuam sem data para o retorno presencial.
Enquanto isso...
Greve dos professores do estado
De acordo com o sindicato, a deliberação é que a greve seja realizada nas cidades onde houver convocação para atividades presenciais, mas o ensino remoto continuará sendo oferecido aos estudantes.
O argumento da categoria é que não há segurança sanitária nas escolas da rede e que o esquema vacinal contra a COVID-19 ainda não foi completado em todos os profissionais, enquanto para os estudantes nem sequer há uma previsão de imunização.
A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE-MG), por sua vez, afirma que todas as instituições autorizadas a retomar atividades passaram por rigoroso “check list”.
"Todas as escolas realizaram um checklist criterioso para aplicação das adequações necessárias no ambiente, com regras de distanciamento e disponibilização dos equipamentos de proteção e produtos de higiene e limpeza", informou a secretária de estado.
A retomada também inclui monitoramento de casos suspeitos da doença, com a possibilidade de afastamento progressivo de alunos, turmas e até o fechamento de escolas, em caso de necessidade.
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