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Estado de Minas 'NO LUGAR ERRADO'

Grávida foi morta em emboscada por causa da companhia, esclarece polícia

Jovem que estava grávida de seis meses e companheiro foram assassinados por irmãos e um comparsa, afirma a Polícia Civil; o motivo seria vingança


02/08/2021 15:38 - atualizado 02/08/2021 17:44

Débora Cristina Gonçalves Dias não era o alvo dos criminosos, mas foi morta por estar com o desafeto dos autores(foto: Arquivo pessoal e Polícia Militar/Divulgação)
Débora Cristina Gonçalves Dias não era o alvo dos criminosos, mas foi morta por estar com o desafeto dos autores (foto: Arquivo pessoal e Polícia Militar/Divulgação)
O casal assassinado cruelmente em janeiro deste ano, em Santa Luzia, foi alvo de vingança. É o que esclareceram as investigações conduzidas pela Polícia Civil, que revelaram ainda que a mulher, grávida de seis meses, foi morta por estar na companhia do homem, que, de fato, era o algoz dos assassinos. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (2/8).

 

Em razão desse crime, quatro pessoas, de 27, 28, 36 e 38 anos, foram indiciadas por duplo homicídio qualificado pelo motivo fútil e com recurso que impossibilitou a defesa da vítima, além de ocultação de cadáver. Entre os investigados, três eram irmãos, sendo que o de 38 anos foi preso na última sexta-feira (30/7). Os demais suspeitos permanecem foragidos. 

 

Bruno de Souza Silva, de 31 anos, conhecido por “Cheio de Dentes”, e Débora Cristina Gonçalves Dias, de 18, que estava grávida, foram executados a tiros e, em seguida, tiveram os corpos carbonizados. Após o crime, os suspeitos ainda degolaram o homem, e enterraram a cabeça dele em outro local.

 

Carro foi queimado pelos criminosos(foto: Polícia Militar/Divulgação)
Carro foi queimado pelos criminosos (foto: Polícia Militar/Divulgação)
 

 

Conforme apurado, Bruno seria o alvo da ação criminosa, já que o grupo acreditava que o homem era responsável pelo homicídio de um dos irmãos dos suspeitos, em 2013. 

 

RELEMBRE: Casal é executado e corpos são queimados em Santa Luzia, na Grande BH  

 

Segundo a delegada Adriana Rosa, que comandou as investigações, foi a partir da prisão do suspeito que se chegou à confirmação do crime - e também ao local onde a cabeça tinha sido enterrada, no sítio de um dos irmãos. O caseiro, que ajudou a esconder a parte do corpo da vítima, foi indiciado por ocultação de cadáver.

 

A expectativa, segundo a delegada, é que os três foragidos sejam presos nas próximas horas. “Temos a identificação da residência do homem que participou do crime, no Bairro Baronesa. Além disso, todos os quatro, mais a vítima, têm envolvimento com drogas".


O crime


A motivação do crime, segundo a Adriana Rosa, seria o assassinato de Antônio Francisco Lisboa, irmão de três dos envolvidos, em 2013. O grupo acredita que o autor do homicídio foi Bruno Silva e, por isso, armou uma emboscada.

 

Os irmãos descobriram que "Cheio de Dentes" desejava comprar um veículo e, com isso, conseguiram convencer o quarto envolvido no crime, conhecido como Reginaldo, a atrair o alvo. Reginaldo marcou um encontro com Bruno para supostamente fazer uma proposta de venda de carro. 

 
Investigações do duplo homicídio foram conduzidas pela delegada Adriana Rosa(foto: Polícia Civil/Divulgação)
Investigações do duplo homicídio foram conduzidas pela delegada Adriana Rosa (foto: Polícia Civil/Divulgação)
 

O alvo e Débora Cristina chamaram um veículo de aplicativo para se dirigir ao ponto de encontro. “Em um dado momento, eles encontram com esse amigo deles, que estava em outro veículo, e esse suposto amigo fez um sinal para que eles o seguissem”, explica a delegada Adriana Rosa.


Na Estrada do Angu Duro, divisa de Santa Luzia e Taquaraçu de Minas, Reginaldo parou o carro e o veículo de aplicativo estacionou atrás. Nesse instante, apareceram os três irmãos de Antônio Francisco, que mandaram que o motorista do veículo descesse, Assim que isso aconteceu, “Cheio de Dentes” e sua namorada foram assassinados a tiros.


Em seguida, os criminosos assumiram o volante do veículo de aplicativo e ordenaram o motorista entrar antes de arrancar o veículo. Um pouco à frente, o motorista foi libertado. Andaram um pouco mais, estacionaram o veículo e atearam fogo no mesmo.


Os irmãos esperaram até que o fogo se apagasse, arrancaram a cabeça de “Cheio de Dentes” e fugiram. Um dos irmãos foi até seu sítio e mandou que o caseiro sumisse com a cabeca.


Segundo, ainda, a delegada, o estado dos corpos dificultou até mesmo a identificação, mas que depois de um processo científico, puderam ser entregues às famílias.


Com Polícia Civil de Minas Gerais


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