No próximo sábado (7/8), moradores da Região Noroeste de Belo Horizonte vão às ruas pela desativação do aeroporto Carlos Prates, localizado no Bairro Padre Eustáquio. A manifestação tem como objetivo pressionar o governo estadual a municipalizar a área aeroportuária.
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Riscos à população
Sob a linha de decolagem, os moradores do entorno do aeroporto temem pela segurança. Nos últimos anos, vários acidentes ocorreram na região envolvendo aeronaves que decolaram do Carlos Prates. Vários deles com vítimas fatais.
Em 2019, duas aeronaves de pequeno porte caíram na Rua Minerva, no Bairro Caiçara. Os acidentes causaram a morte de quatro pessoas, sendo duas delas de pessoas que estavam em um veículo atingido por um dos aviões.
Outras duas quedas envolvendo tentativas de pouso por aeronaves no aeroporto ocorreram em 2014. Em uma delas, o monomotor atingiu o telhado de uma casa próxima à Avenida Pedro II e feriu duas pessoas. Em outra, o avião atingiu um muro na marginal do Anel Rodoviário.
Os moradores relatam, ainda, o abandono do terreno aeroportuário. Nesta época do ano, em que as chuvas ficam mais espaçadas, o mato alto e seco do terreno facilita o início de incêndios.
Promessa de fechamento
Em reunião com a bancada mineira no Congresso Nacional em setembro do ano passado, o Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes, afirmou que o aeroporto será desativado até dezembro de 2021.
Segundo o ministro, as operações que hoje são realizadas no aeroporto Carlos Prates serão transferidas para outros aeroportos, notadamente para o aeroporto da Pampulha. O objetivo é a devolução da área para a Secretaria de Patrimônio da União e, então, destiná-la à prefeitura de Belo Horizonte.
Municipalizado, a promessa é que os 547 mil metros quadrados do terreno sejam utilizados para o desenvolvimento de projetos de interesse da sociedade.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.