Para acompanhar a situação da variante Delta da COVID-19 em Minas Gerais, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) aposta no aumento do número de testes genômicos, tipo de exame capaz de detectar a cepa. Quatro casos já foram detectados: dois em Belo Horizonte, um em Juiz de Fora, na Zona da Mata, e outro em Virginópolis de Minas, no Vale do Rio Doce.
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O primeiro caso da variante Delta em MG, surgido em Juiz de Fora, foi oficializado em maio. Os infectados de BH foram confirmados pela prefeitura na semana passada, bem como o caso em Virginópolis. Mesmo sem novos registros, o governo estadual faz acompanhamento da situação.
"Estamos investigando os contatos (dos casos confirmados). Todo contato é investigado, acompanhado e testado", garantiu Baccheretti.
O secretário de Saúde lembrou que os imunizantes disponíveis à população são capazes de barrar a cepa Delta. Ele pediu respeito às normas sanitárias.
"A forma de evitar a transmissão e a doença, que é a vacina, não muda. É a mesma vacina. (Há) o uso de máscara, o distanciamento social e a higiene das mãos. São as mesmas formas de combater o vírus. O estudo genômico é importante, mas o mais importante é que todos os cuidados sejam mantidos".
Casos 'importados'
Os moradores de Belo Horizonte identificados com a variante Delta estiveram recentemente no Reino Unido. Tratam-se de dois adolescentes, de 12 e 14 anos.
O caso juiz-forano também é fruto de viagem ao exterior. A pessoa em questão esteve na Índia. Em Virginópolis, a secretaria de Saúde local optou por não identificar o destino da viagem do cidadão contaminado. Sabe-se, porém, que ele foi infectado quando esteve em outra cidade.
No fim de julho, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, divulgou documento alertando que a variante Delta pode ser um grande risco para pessoas não imunizadas, uma vez que é altamente contagiosa se comparada com outras cepas.