A Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) inaugurou, nessa quarta-feira (4/8), um novo centro clínico para testes com vacinas em Belo Horizonte. A Unidade de Pesquisa Clínica em Vacinas (UPqVac) vai melhorar as condições de realização dos ensaios com voluntários para novos imunizantes e tratamentos.
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Para o diretor da faculdade, Humberto José Alves, a inauguração da UPqVac representa um legado que a universidade deixa para a sociedade "no pior momento de apoio e financiamento à pesquisa brasileira."
Espaço adequado
A nova unidade tem dois consultórios, área de atendimento e salas de observação para a realização de testes com voluntários. A estrutura de 168,5 metros quadrados, será usada a princípio para os estudos relacionados à COVID-19.
No local também serão feitos testes clínicos com imunizantes contra o HIV/Aids, como parte do projeto Mosaico, que conta com 120 voluntários, e para o vírus sincicial respiratório (VSR), que causa infecções das vias respiratórias e pulmões em crianças pequenas ou idosos e pacientes imunossuprimidos, com câncer ou transplantados.
Novos estudos com imunizantes e tratamentos com anticorpos monoclonais e antivirais injetáveis, orais e inalatórios estão no radar para os próximos meses.
"Havia a necessidade de contar com um espaço adequado para a condução desse tipo de estudo. As pesquisas serão fortalecidas nesse ambiente específico para estudos clínicos de alta qualidade", avalia o coordenador da unidade, o professor Jorge Andrade Pinto, do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina.
Visita ao Centro de Tecnologia em Vacinas
Nesta quinta-feira (5/8), o prefeito Alexandre Kalil e a Reitora da UFMG, Sandra Regina Goulart Almeida, visitam o Centro de Tecnologia em Vacinas da instituição, localizado no Bairro Engenho Nogueira, Região da Pampulha.
O prefeito vai conhecer todo o processo de pesquisa da vacina SpiNTec, que está sendo desenvolvida pela instituição e que também conta com o patrocínio de R$ 30 milhões da Prefeitura de Belo Horizonte, para garantir os estudos das fases clínicas 1 e 2 do imunizante.
A visita será restrita às autoridades, seguindo todos os protocolos sanitários de prevenção e combate à COVID-19.
*Estagiária sob supervisão do subeditor João Renato Faria