Jornal Estado de Minas

UTI LOTADA

Operação vai combater aglomeração após Oliveira atingir ocupação de leitos

Uma operação será desencadeada, na noite desta sexta-feira (6/8), em Oliveira, no Centro-Oeste de Minas Gerais, para combater aglomeração. A ação será realizada a partir das 22h pela Secretaria de Saúde do município em parceria com a Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Conselho Tutelar e se estenderá ao longo de todo o fim de semana. 





A decisão foi tomada após a taxa de ocupação hospitalar voltar a subir. Com 10 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para COVID-19, todos estavam ocupados até o final da tarde de hoje. “Desse total, 90% desta ocupação é de população local”, afirmou o secretário da pasta, Lucas Lasmar. A cidade é referência da microrregional.

O aumento, segundo o secretário, pode ser explicado por dois fatores. “Festas clandestinas e algumas pessoas que não cumpriram isolamento devidamente”, citou. A partir da operação, o município espera coibir as aglomerações em espaços públicos e também fechados, principalmente, entre adolescentes.

A falta de conscientização e do cumprimento de medidas básicas - como uso de máscaras - também será observado. Dados da Secretaria de Saúde apontam que a maior taxa de internação está entre a faixa etária de 30 a 55 anos, população mais ativa economicamente.




Multa


Embora a macrorregião Oeste esteja na onda verde há duas semanas, fase mais flexível do Minas Consciente, Oliveira não aderiu ao plano estadual. Medidas restritivas continuam vigorando no município, dentre elas a suspensão de eventos e do funcionamento de casas de shows.

A partir de agora, quem insistir em descumprir as restrições e se aglomerar será multado. A norma prevê a multa de R$ 300 para quem se aglomerar em espaços públicos e de R$ 2.022 em festas clandestinas. A aplicação é individual.

“Festas com núcleos diferentes de uma mesma família também não podem”, explicou Lasmar. Neste caso, quem estiver se aglomerando será multado em R$300.

O boletim desta sexta-feira (6/8) aponta 210 casos de COVID-19 ativos na cidade. Desde o início da pandemia, 66 pessoas perderam a vida em decorrência da doença.




 

Vacinação 

O município também enfrenta dificuldade na imunização. “As pessoas estão escolhendo a marca da vacina, colocando a própria vida em risco. Isso nos entristece muito. É necessário que a população saiba que todas as vacinas são aprovadas pela Anvisa”, declarou o secretário de Saúde.

Até a atualização de hoje, 49,1% do público estimado para ser vacinado recebeu a primeira dose, o que significa 20.545 pessoas. Deste total, 8.289 encerraram o ciclo vacinal com as duas doses e 1.114 receberam a dose única. A cidade que pretende imunizar 41.840 pessoas ainda está na faixa etária de 40 a 44 anos. 

Foram aplicadas 29.948 das 32.674 doses recebidas.

*Amanda Quintiliano especial para o EM

audima