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Jornal Estado de Minas

BELO HORIZONTE

Moradores querem área verde no lugar do Aeroporto Carlos Prates

Moradores da Região Noroeste de Belo Horizonte realizaram manifestação, na manhã deste sábado (7/8), em frente ao Aeroporto Carlos Prates, que deverá ser desativado até 31 de dezembro. O ato foi organizado pelo Coletivo Cultural Noroeste BH. O grupo reivindica maior participação popular na discussão sobre a destinação da área. Também na manhã deste sábado, uma comissão da Câmara dos Deputados realizou uma diligência à região. 




 
"É uma luta de 10 anos para que o aeroporto seja desativado. A região é densamente ocupada, uma das mais populosas da cidade", afirma Thais Novaes, representante do coletivo. Ela lembra o número de acidentes aéreos na região, "dos 10 últimos acidentes em Belo Horizonte, nove foram no Aeroporto Carlos Prates".
 
O terreno pertence à União e caberá à Secretaria de Patrimônio da União (SPU) determinar a destinção para a área. No entanto, os moradores reivindicam que a gestão da área passe para o município de Belo Horizonte.

"Fizemos ato público para parlamentares e autoridades saibam que a população quer a municipalização. Uma vez municipalizado, queremos participar da discussão da destinação do terreno", diz.





O coletivo defende a criação de uma área verde no terreno. "A Noroeste é a  região que menos tem área verde na capital. É a que mais tem gente e a que menos tem árvore", ressalta. Ela defende que a área verde contribuirá para reduzir os impactos ambientais causados pelo perda de vegetação da cidade. 
 
Além de uma área verde, o coletivo sugere a instalação de equipamentos culturais. "Estamos numa região desprovidada de equipamentos culturais. Queremos uma área onde a gente possa receber espetáculos do Festival Internacional de Teatro,  espetáculos cênicos." A área também seria espaço de lazer para as crianças. 
 
Por fim, o coletivo solicita, caso a área seja municipalizada, que o prefeito Alexandre Kalil (PSD) determine a realização de um estudo de impacto ambiental. Para Thais, a discussão sobre o que receberá o terreno deve mobilizar os belo-horizontinos de todas as regiões já que um uso adequado da área será bom para a cidade como um todo.