Mais estudantes da rede estadual de Belo Horizonte voltam às aulas presenciais a partir desta segunda-feira (9/8). Cerca de 32 mil alunos do 8º ano do ensino fundamental, 2º ano do ensino médio, além das turmas do último período/semestre dos cursos profissionalizantes e do último período da Educação de Jovens e Adultos (EJA), são esperados para retornar às escolas pela primeira vez desde o surgimento da pandemia.
Em Belo Horizonte, as aulas presenciais foram autorizadas para estudantes da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio. A PBH tomou por base o Matriciamento de Risco (MR) - medida pela incidência de COVID a cada 100 mil habitantes e sua tendência, a taxa de mortalidade e sua tendência.
Na capital, o ensino presencial nas escolas estaduais para o 1º ao 5º ano do ensino fundamental acontece desde o dia 12 de julho. Já os estudantes do 9º ano do fundamental e do 3º ano do ensino médio retornaram ao ambiente escolar na última terça-feira (3/8).
Com as atualizações nas ondas do Plano Minas Consciente, todas as regiões do estado seguem aptas para o retorno das atividades presenciais nas escolas da rede pública estadual, desde que não haja impedimento por parte da prefeitura da localidade. Nas unidades localizadas nos municípios em ondas amarela ou verde, voltam as turmas dos anos iniciais - 1º ao 5º ano -, do 9º do ensino fundamental e do 3º ano do ensino médio. Cidades na onda vermelha retornam somente com os anos iniciais do ensino fundamental.
Segundo a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE-MG), o avanço dos níveis restantes de ensino está condicionado a uma avaliação dos índices epidemiológicos nos próximos 14 dias, como já foi feito anteriormente.
A subsecretária de Desenvolvimento da Educação Básica, Izabella Cavalcante Martins, ressalta que as escolas estão seguindo os protocolos sanitários para evitar contaminação da COVID-19 entre os funcionários e alunos. “As escolas foram orientadas a flexibilizar o horário de entrada e saída para evitar aglomeração de estudantes na porta das escolas. Orientação também de adaptar o recreio dos estudantes, a oferta da merenda e a adaptação das salas de aula. Cada sala foi adaptada para receber os estudantes de acordo com a metragem, observando os protocolos de saúde de distanciamento e também as adaptações de espaços comuns”, disse.
Na rede municipal, as aulas presenciais voltaram para alunos da educação infantil desde o dia 3 de maio, de maneira gradativa, e do ensino fundamental e médio, em 5 de julho e 23 de julho, respectivamente. Em nota ao Estado de Minas, a Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte (SMED) garantiu que “as escolas municipais e creches parceiras da prefeitura seguem estritamente o protocolo e são fiscalizadas pela Vigilância Sanitária e pelos técnicos da secretaria de Educação e da subsecretaria de Segurança Alimentar e Nutricional. Todas passaram por supervisão de engenharia antes do retorno”.
“Lembramos que, além das visitas regulares do Ministério Público, dos Conselhos Municipais de Educação e Alimentação Escolar e da própria Câmara de vereadores, a Secretaria Municipal de Educação instituiu, por meio de um decreto, as comissões de pais e comunidade escolar para fiscalizar todas as escolas”, completou a pasta.
Greve dos professores na rede estadual
O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) anunciou na última segunda-feira (2/8) uma greve sanitária por tempo indeterminado. De acordo com a entidade, a deliberação é que a greve seja realizada nas cidades onde houver convocação para atividades presenciais, mas o ensino remoto continuará sendo oferecido aos estudantes.
O argumento defendido pelos sindicalistas é a falta de segurança para o retorno, mesmo com os protocolos implementados pela SEE-MG. “A rede estadual de Minas não apresenta segurança sanitária nas escolas para um retorno presencial, o processo de vacinação no Estado não garantiu a imunização completa com a segunda dose na categoria e as crianças e adolescentes sequer têm um cronograma de vacinação. Essa greve sanitária se faz necessária para defender a vida da categoria, dos estudantes e das comunidades escolares”, diz a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, professora Denise Romano, em nota. (Com informações de Natasha Werneck)
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.
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