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Estado de Minas PANDEMIA

Guarda Municipal de Betim é acusada de algemar dono de bar à força

Prefeitura afirma que proprietário do Bar 6h15 foi preso por desacatar agentes da fiscalização; homem alega abuso de autoridade


09/08/2021 14:18 - atualizado 09/08/2021 14:35

Dono de bar é algemado e conduzido pela Guarda Municipal de Betim que realizava fiscalização de combate ao avanço da COVID-19
Dono de bar é algemado e conduzido pela Guarda Municipal de Betim que realizava fiscalização de combate ao avanço da COVID-19 (foto: Reprodução;Redes Sociais)
O proprietário de um bar , situado no bairro Angola, em Betim , na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), foi preso e algemado à força pela Guarda Municipal de Betim, no sábado (7/8). Segundo a prefeitura, a prisão ocorreu devido ao local promover lotação sem cumprir as normas de biossegurança contra a COVID-19 e por ele ter desacatado os agentes de segurança. O homem alega abuso de autoridade.

A ação da pela Guarda Municipal , apoiada por profissionais da Vigilância em Saúde e equipes da Fiscalização de Posturas, culminou na interdição de dois bares na Região Norte da cidade. Segundo a Prefeitura de Betim, os estabelecimentos descumpriam os protocolos de biossegurança vigentes na cidade, dentre outras irregularidades. 

Um vídeo mostra o momento em que o proprietário do Bar 6h15 é preso. Edivan Ferreira da Luz, de 49 anos, além de dono do bar é diretor da Câmara de Dirigentes Logistas (CDL) Betim. Ele está com o braço machucado e diz ter ficado algemado das 11h30 de sábado às 9h de domingo (8/8) e teve que pagar fiança para ser liberado da delegacia da Polícia Civil, para onde foi encaminhado.  

Segundo Edivan, a confusão começou quando a equipe de fiscalização chegou ao seu estabelecimento e questionou as quatro mesas que estavam expostas na calçada. “Vou entrar com uma ação de abuso de autoridade e perseguição. Foi um constrangimento enorme, muito humilhante. Disseram que eu tentei agredi-los e que falei palavrões, e é mentira.” 

Já a Prefeitura de Betim, diz que houve desacato e que o local funcionava sem os protocolos exigidos por decretos.

“No estabelecimento, as equipes de fiscalização flagraram funcionários e clientes circulando sem máscara, desrespeito ao distanciamento mínimo exigido entre mesas, aglomeração de pessoas e ausência de álcool 70% (ou solução equivalente) para uso de funcionários e clientes. Além disso, o local desrespeitava o código de posturas da cidade ao espalhar mesas e cadeiras sobre toda calçada no entorno do bar. No momento da ação, o proprietário do estabelecimento desacatou os profissionais da fiscalização e, por isso, foi conduzido à delegacia”, informou a prefeitura. 

Além desse, o Bar do Ronaldo, no Bairro Liberatos, que teve as atividades suspensas por 120 dias em ação anterior, descumpriu a determinação da prefeitura e reabriu. A prefeitura disse que no momento da fiscalização havia grande concentração de pessoas aglomeradas, quase todas sem máscara.

A prefeitura ressalta que seguirá com as ações de fiscalização em prevenção e combate à COVID-19 na cidade.


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