Projeto em vigência desde o ano passado, o Monitoramento COVID Esgotos detectou a menor carga de coronavírus nos esgotos de Belo Horizonte em 2021. De acordo com o último boletim, divulgado nesta segunda-feira (09/08), a capital mineira conta com 13 bilhões de cargas por dia para cada 10 mil habitantes nos diversos pontos de coleta, que foi feita entre 18 e 24 de julho.
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Posteriormente, os pesquisadores ampliaram as amostras para o córrego Cardoso (Sub-bacia Arrudas) e para córregos Vilarinho, Terra Vermelha e Gorduras (todos na Sub-bacia Onça).
Por último, o projeto se estendeu para os shoppings Diamond e Oiapoque, rodoviária de BH, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e um asilo da área central.
Entre 27 de junho e 10 de julho, o ponto de monitoramento do Córrego Cardoso registrou uma concentração de novo coronavírus elevada – acima de 25 mil cópias do novo coronavírus por litro das amostras. Outro ponto com alta concentração do vírus foi o Interceptor Córrego Gorduras, na amostragem feita entre 4 e 10 de julho.
Porém, nas duas últimas semanas epidemiológicas de coleta, houve o surgimento de pontos com baixa concentração, entre 1 e 4 mil cópias por litro. É o caso do Interceptor Córrego Terra Vermelha, que esteve nesse patamar em ambas as semanas. Somente no último levantamento, os pontos de monitoramento da Estação de Tratamento de Esgotos Onça (ETE Onça) e do Interceptor Córrego Vilarinho tiveram concentração viral num patamar baixo.
Nos demais pontos de monitoramento, a concentração ficou na faixa intermediária entre 4 mil e 25 mil cópias por litro.
Na última semana epidemiológica monitorada, em cinco dos seis pontos especiais monitorados, o coronavírus não foi detectado. Apenas no ponto de monitoramento da UFMG, o vírus foi encontrado, porém em baixas concentrações.
O projeto
A Rede Monitoramento COVID Esgotos acompanhará as cargas virais e concentrações do novo coronavírus no esgoto de seis capitais e cidades que integram as regiões metropolitanas de: Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Recife e Rio de Janeiro. Esse trabalho, uma das maiores iniciativas brasileiras de monitoramento da COVID-19 no esgoto, busca fornecer subsídios para auxiliar a tomada de decisões para o enfrentamento da pandemia atual.
O projeto é coordenado pela Agência Nacional das Águas (ANA) e pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto (INCT ETEs Sustentáveis), com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A pesquisa conta as parcerias da Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Além disso, a iniciativa conta com o auxílio de companhias de saneamento locais e secretarias estaduais de Saúde.
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