Alunos da rede pública de Passos se aproximam da 50ª premiação em robótica em apenas nove anos. A responsável por coordenar os estudantes em todos esses feitos é a professora Elisabete Pires de Oliveira, que ainda foi fundamental para a inclusão de robótica como disciplina na rede de ensino da cidade do Sul de Minas. Com esses êxitos, o município se aproxima da criação de Centro de Robótica Educacional.
A proposta, que já conta com apoio de Executivo e Legislativo locais, foi apresentada por Elisabete no no Fórum Internacional de Pós-Graduação dos Mestrados-UEMG, realizado em fevereiro. A docente é mestranda em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente na universidade estadual mineira.
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Empresa mineira utiliza tecnologia ultravioleta e robótica para eliminar vírus de ambientesEntrevista com Sandra Goulart, reitora da UFMG: 'Não há país sem educação, ciência e tecnologia'Resíduos industriais: Prefeitura de Passos fecha cerco ao setor moveleiro"O artigo conta nossa experiência de 2013 a 2019, bem como participações em competições e avanços dos envolvidos no projeto, como por exemplo acesso ao ensino superior”, complementa.
Devido a uma mudança no quadro de funcionários da UEMG, hoje o projeto é orientado pelo professor Doutor Juliano Fiorelini Nunes.
Sucesso de longa data
Inclusive, o trabalho de referência desempenhado pela professora não é de hoje. Desde 2013, robótica já é uma disciplina extracurricular na rede municipal de Passos. Naquele ano, a Prefeitura de Passos adquiriu kits Lego® NXT como ferramenta educacional extracurricular para desenvolver nos alunos conceitos científicos, lógica e programação de forma lúdica.
O propósito desse trabalho foi discutir a importância dessa ferramenta e como seu uso foi um fator transformador diante de tal experiência. O método utilizado foi o resgate de memórias do projeto e de sua metodologia aplicada nas escolas, de 2013 a 2019.
Os resultados evidenciaram elevação na autoestima, mudança de postura quanto à autonomia, cooperação e senso de responsabilidade. Evidenciando o quanto a robótica educacional pode ser um diferencial, sobretudo em escolas da rede pública de ensino, cujas possibilidades de inovação são historicamente escassas.
No mês passado, se tornou lei um projeto que garante a manutenção das aulas de robótica educacional nas escolas municipais que possuam séries de ensino fundamental anos finais (6º ao 9º ano).
“Antes da pandemia, isso já era uma prática, porém agora, com o projeto lei, temos uma política pública que garantirá a continuidade do projeto”, diz Elisabete. As aulas acontecerão no contra-turno para os alunos da educação integral.
Premiações
Sob a coordenação de Elisabete, os alunos da rede municipal já acumularam quase 50 premiações e condecorações:
2013
Troféu Tecnologia e Engenharia, no Torneio Mineiro de Robótica (Regional)
2014
Olimpiada Brasileira de Robótica (Estadual Modalidade Teórica)
2 medalhas de Prata
3 de Bronze
4 de honra ao mérito nacional
Olímpiada Brasileira de Robótica (Regional Modalidade Prática)
Medalha de melhor equipe estreante
2015
Olímpiada Brasileira de Robótica (Estadual Modalidade Teórica)
2 medalhas de Prata
7 medalhas de bronze
8 medalhas de honra ao mérito nacional
Olímpiada Brasileira de Robótica (Regional Modalidade Prática)
medalha de 3º lugar geral
Torneio Brasil de Robótica (Etapa Sudeste)
troféu de 1ºlugar geral
troféu Mérito Científico
2016
Olímpiada Brasileira de Robótica (Estadual Modalidade Teórica)
1 medalha de Ouro
1 medalha de Prata
3 medalhas de honra ao mérito nacional
5 certificados de mérito estadual
Olímpiada Brasileira de Robótica (Regional Modalidade Prática)
medalha de melhor robô (Robustez)
medalha de 3º lugar geral
2017
Olímpiada Brasileira de Robótica (Regional Modalidade Prática)
medalha de 1º lugar geral
medalha de 2º lugar geral (Equipe Robotic Steps Jr.)
Olímpiada Brasileira de Robótica (Estadual Modalidade Prática)
Melhor Robô (Robustez)
Melhor Escola Pública (Robotic Steps Jr.)
Torneio Brasil de Robótica (Etapa Regional)
troféu 1º lugar geral